O hífen sempre foi o patinho feio na ortografia da língua portuguesa, suas regras mais confundiam que esclareciam. Por isso, o texto do Novo Acordo tentou sistematizá-las, a fim de tornar seu uso mais racional e simples.

Vejamos as mudanças:

a) Determinou apenas que se grafe de forma aglutinada certos compostos nos quais se perdeu a noção de composição. Ninguém pensa, por exemplo no verbo “parar” e no substantivo “queda”, quando fala a plavra “paraquedas”.

Ex.: mandachuva, paraquedas, paraquedista, parachoque.

b) no caso de palavras formadas por prefixação (com prefixos), houve as seguintes alterações:

- Só se emprega o hífen quando o segundo elemento começa por h

Ex.: pré-história, super-homem, pan-helenismo, semi-hospitalar

EXCEÇÃO sempre temos: manteve-se a regra atual que descarta o hífen nas palavras formadas com os prefixos des- in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial (desumano, inábil, inumano).

- E quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento.

Ex.: contra-almirante, supra-auricular, auto-observação, micro-onda, infra-axilar.

EXCEÇÃO: manteve-se a regra atual em relação ao prefixo co-, que em geral se aglutina com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o.

Ex.: coordenação, cooperação, coobrigação.

Com isso, ficou abolido o uso do hífen nos seguintes casos:

- Quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo duplicar essas consoantes.

Ex.: antirreligioso, antissemita, contrarregra, infrassom.

EXCEÇÃO: manteve-se o hífen quando os prefixos terminam com r, ou seja, hiper-, inter- e super-.

Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

- Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente.

Ex.: extraescolar, aeroespacial, autoestrada,  autoaprendizagem, antiaéreo, agroindustrial, hidroelétrica.