LUZES
gotas de orvalho
morre aos poucos o sino
choro gemido
ombro despido
no frio da madrugada
um táxi parou
um facho de luz
clareava no corpo nu
um sapo morto
velho candeeiro
meu velador noturno
junto no leito
sinto na face
fogo de dois charutos
olhos ardentes
noite escura
um banco de madeira
arrepio de frio