NOTURNO
cangote gordo
arrepia as narinas
de dia e de noite
voo livre e suave
perto das ondas do mar
nuvens ao vento
gosto salgado
quando me lambo a pele
gato escaldado
negros cabelos
tão despidos de sonhos
no meio da estrada
olhar ausente
na estrela apagada
beijos negados