TRIBUTO A BELÉM
prá lá e prá cá
os sinos dançam no ar
acorda Belém
onça pintada
olhos vivos e tristes
Emílio Goeldi
brilho na brasa
o pote inacabado
no forno velho
um pássaro marinho
cantando estridente
em voo rasante
a bailarina
equilibra com gestos
doce bandolim
espuma branca
na maré que vazava
verão equatorial