Nos meus cabelos brancos, a mão
De muitas experiências negras
Coloriram-nos de algodão.
 
Na ânsia de fazer de si bastante
Menos somos, e o próximo
Fica cada vez mais distante.
 
O homem diz que ama a verdade
Mas acaba casando—se com a mentira
E tem com ela filhos pródigos de maldade.
 
Para beber os homens vão ao bar;
O bar bebe num gole o dinheiro deles
E gota a gota suas vidas, até acabar.
 
O sol estava sorrindo lá fora.
Viu sombras dentro no meu quarto
E imediatamente foi-se embora.