PREITO À NILZA

PREITO À NILZA

Linda morena trigueira que aparece sem avisar, sem alarde, assim simplesmente de repente e quando mergulho meu olhar no oceano de seus marejados olhos, sinto neles um porto novo, um novo cais, onde aporto minha nau cansada, censurada, ultrajada e atrasada em séculos no plano da viagem que fiz na cartografia da minha vida.

No seu sorriso enternecedor, arrumo minha rede do descanso que em outras paragens não encontrei e no palpitar sereno de seu coração deixo me ficar atônito, autômato, simplesmente sem pensar, sem sofrer, sem sonhar os pesadelos que vivi.

No seu silencio permito me recomeçar do nada e desse nada fazer um todo que representa um mundo novo, um cosmos radiante onde eu posso olhar de frente e para frente, sem temer e sem tremer.

Neste estado de ânimo que a sua presença proporciona sem as matemáticas proporções do ambiente, não importo se o céu encontra-se enfarruscado e se a natureza conspira com o dia com suas intempéries, pois ao simples saber de sua presença dissipam se as tempestades que muitas vezes acercam-se de mim.

Expresso me em palavras o que muitas vezes a aparência não denota, porque é para mim humanamente impossível fazê-lo por atos e ações deliberadas uma vez que fustiga- me o medo de não ser aquilo que pensas que sou.

Navegas pois em meus dourados sonhos e brinda-me com seu doce sorriso.

Instiga-me a olhar para os panoramas novos que se encontram por traz dos outeiros.

Libera os seus momentos de alegria para que dele também eu possa partilhar.

Zanga-te do mal e não o deixes entristecê-la, para que seu tempo seja de venturas e alegrias.

Ame acima de tudo o Criador e seu Filho Amado e serás com absoluta certeza recompensada.

É meu desejo que você retenha essas palavras no seu coração.

Guilhermino São Paulo, 24 de julho de 2008.

Guilhermino
Enviado por Guilhermino em 23/10/2008
Reeditado em 29/07/2010
Código do texto: T1243836
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