Histórica farsa: Mito da Democracia Racial

Existe no Brasil um mito chamado "Democracia Racial" que não passa de um engodo. É como diz o próprio nome "MITO". É uma farsa, uma mentira deslavada transmitida a nós, desde que começamos a estudar.

Aprende-se que no Brasil todos somos iguais perante a lei, é verdade, está na Constituição, no entanto, na prática isso nunca existiu. Por conta de acreduitarmos nesse mito, vemos negros e brancos dançarem nos carnavais, porém, depois de passados os 4 dias de festa, os negros continuarão sofrendo todos os tipos de abusos dentro da sociedade. A maior parte da renda está concentrada nas mãos de brancos e entre os que ganham menos, os negros ganham menos ainda. O negro pobre ainda sofre mais que o branco pobre!

Nesse 20 de novembro celebra-se o dia do assassinato de Zumbí lider do Quilombo mais famos do Brasil: o Quilombo de Palmares, destruido pelo bandeirante e bandido Domingos Jorge Velho que posteriormente capturou e assassinou Zumbí em uma emboscada bem armada a partir da captura de um companheiro de Zumbí que teria após ser torturado, entregado o esconderijo onde se encontrava o guerreiro que lutava para acabar com os abusos da escravidão em 1695. Só há 193 anos depois que os negros receberam a liberdade com a ssinatura da Lei Áurea em 13 de maio, porém, a abolição pouco adiantou, garantiu a liberdade mas não trouxe a cidadania aos negros que tiveram que continuar lutando contra a pobreza, a miséria e todo tipo de discriminação, esteriótipos e preconceitos.

O negro no Brasil ainda sofre com os ranços, o mal cheiro e o odor do sistema escravista, a escravidão foi uma das faces mais perversas do capitalismo que aqui se instalou. Esse sistema pôdre, quando precisou, foi atrás do negro lá a África e o capiturou feito bicho do mato: separou famílias, linguas, religiões e culturas. Como não bastasse, o mesmo sistema que hoje rege as cabeças aburguezadas até dos pobres que quase nada possuem segregou o negro, e o estereotipou nos gibis, filmes e novelas.

Quando não precisou mais dele como mão-de-obra gratuita, inventou de libertá-lo, mas tudo não passou de uma mentira. Era só uma questão de tempo, e os negros iriam PROVCLAMAR a sua própria liberdade. Zumbí estava lutando para que isso acontecesse, mas a princesinha espertalhona, com uma caneta de ouro, resolveu o problema dos senhores fazendeiros e o negro ficou sem eria nem beira. Eira e Beira eram moradias que no período colonial se diferenciavam pelo telhado e rira era casa de rico, beira era casa de pobre e os que não tinham nada ficavam ao leo, dai a expressão de que o negro após a abolição ficou sem Eira e nem Beira.

Neste 20 de novembro que se aproxima, homenageio todos os negros desse paí chamado Brasil, e torço veementemente para que um dia, toda discriminação que esses irmãos de sangue sangue sofrem um dia deixe de existir. Que o negro, ao chegar em qualquer posição ou status, não tenham a mesma atitude de alguns feitores negros que eram traidores e lambe-botas do senhor, utilizados para castigar os nossos irmãos. Quero que quando o negro chegar ao poder, use a arma que os brancoa ainda não souberam usar para libertar de verdade todos os excluidos do seio da sociedade: a Política! Que o negro no exercício da LIDERANÇA ajude a libertar negros e brancos empobrecidos, idem aos negros embranquecidos pela força ideológica do sistema. Barack Obama é resultado de uma luta que aqui não se travou, é a resposta da luta de Rosa Parcks que em 1955 se recusou a ceder seu lugar no ônibus a um branco e por isso foi indiciada e presa. Vários negros revoltados foram mobilizados e sob a liderança dee outros como Martin Luther King passaram a boicotar os ônibus preferindo ir a pé para seus trabalho, o que provou uma séria discussão entorno da segregassão enfrentada pelos negros. Abraham Líncoln foi um dos primeiros presidentes a engajar na luta em favor dos negros, no entanto, muitas vezes negros e brancos se enfrentavam na rua. Aqui isso não aconteceu sabe por que? Porque no Brasil sempre se contou uma historinha mentirosa de que os negros foraqm libertados e passaram a ser tratados iguias aos brancos, porém, essa farsa cai por terra quando se vê a polícia abordando alguém, e quando nos aproximamos percebemos que trata-se de um cidadão negro. Até o Amaral, ex-jogador do Palmeiras uma vez foi abordado pela polícia por estar num carrão circulando pelo litoral. O racismo no Brasil é VELADO, sutil e camuflado. Esse é o pior dos racismos, o pior dosd preconceitos e a pior das segregações por ser esse racismo oculto. Nos EUA, o negro levou 106 anos para chegar à presidencia. Agora neste ano de 2008 fazem 120 anos que aconteceu a "abolição" de 13 de maio de 1888; e desde que Zumbi foi assassinado na luta pela libertação dos negro passaram-se também, 313 anos: quando será que um negro chegarà a ser Presidente da República no Brasil?

Em homenagem a todos os negros que lutam e apelam para a Consciência Negra nesse país, vai aqui uma linda letra de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós:

Pesadelo

Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós

"Quando o muro separa uma ponte uneSe a vingança encara, o remorso puneVocê vem me agarra, alguém vem me soltaVocê vai na marra, ela um dia voltaE se a força é tua ela um dia é nossaOlha o muro, olha a ponteOlhe o dia de ontem chegandoQue medo você tem de nós, olha aíVocê corta um verso, eu escrevo outroVocê me prende vivo, eu escapo mortoDe repente, olha eu de novoPerturbando a paz, exigindo trocoVamos por aí eu e meu cachorroOlha um verso, olha o outroOlha o velho, olha o moço chegandoQue medo você tem de nós, olha aíO muro caiu, olha a ponteDa liberdade guardiãO braço do Cristo, horizonte,Abraça o dia de amanhã"

Com certeza a história de Zumbí jamais será esquecida da memória daquele professor de História (como eu e tantos outros), que resolveu desde o primeiro ano de faculdade, a contar a História pelas avessas fugindo aos padrões preestabelecidos? Quantas vezes deu vontade de dizer aos alunos: arranquem todas as páginas mentirosas de tal livro didático para reescrevermos tudo de novo? Quantos de nós já sentiu vontade defazer como o professor do filme "Sociedade dos poetas mortos" que mandou os alunos arrancarem as páginas do livro, por discordar da visão concervadora? Nossa!

Essa música "PESADELO" de Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós está sendo dedicada a Zumbí de Palmares e a todos os cidadãos conscientes que militam contra os abusos sofridos pelos negros brasileiros. Viva...

- José do Patrocínio, o "Tigre da Abolição" , jornalista negro e ativista da causa abolicionista.

- Rosa Paker, 1955.

- Martin Luther King, Jr. grande líder, 1963.

Viva Zumbí, 1695, e que o assassino safado Domingos Jorge Velho queime no inferno!

Viva o Dia da Consciência Negra!

Viva esse 20 de novembro de 2008!