SATURNO (ao meu Pai)
Não maldigo o rigor da triste sorte
Nem abomino esse fardo que me humilha.
Teu rigor e violência têm-me feito forte.
Esforço-me para não sair da minha trilha.
Mas o que n’alma dói mais fundo
Não é o prejuízo tampouco a decepção:
Dói a morte de um amor profundo
Assassinado a golpes de traição.
A ti, meu pai agradeço pela minha vida.
Para ti ofereço esses versos meus.
Ofereço-te ainda a confiança perdida
E rogo para ti, o perdão de Deus.