HOMENAGEM À MÃE DE TODAS AS MÃES

Hoje, recordando o Dia da Mãe, não posso deixar de reflectir no facto extraordinário, de todas as coisas vivas e não vivas, visíveis e não visíveis, terem em comum, serem todas filhas da mesma Mãe…

Um dia, fosse qual fosse esse momento no tempo, um átomo, um rato, um ser humano, uma árvore, uma pedra ou o Universo, todos tiveram um Ventre Materno gerador de energia, que se soltou para criar a Luz.

Todos somos filhos da Natureza e nascemos com um propósito, que nos é impossível de perceber, mas provavelmente - no pouco que entendemos desta lógica de vida - tudo faz parte de um plano global muito bem delineado.

Nós somos apenas um dos inúmeros elos de algo que nos transcende…

A Natureza vai-se desnudando um nadinha, à medida que o homem sente um aumento de sua curiosidade e a necessidade de alargar os seus horizontes, mas nunca abre mão de sua identidade pois conhece a irresponsabilidade luxuriante dos seres humanos...

E devido a todo um conjunto de fanatismos desviantes, a humanidade tem sofrido ao longo da sua existência, de inconfessáveis episódios sangrentos.

Na sua sede de glória a qualquer preço, o homem esquece que todos os seus semelhantes também estiveram um dia dentro de uma barriga geradora de esperanças, e que todos nasceram envoltos nas mais variadas manifestações de esperança e de amor…

E, se esquece os seus irmãos, muito mais facilmente esquecerá tudo o que o rodeia, pois embora a vida fervilhe à sua volta, em tudo lhes é distinto, embora semelhantes, pois todos estiveram dentro de um ventre materno…

À Mãe Natureza, Mãe de todas as Mães, eu presto hoje a minha singela homenagem, rogando-lhe que não se encolerize com a persistente insensatez dos seres humanos, e que, no seu infinito amor e sabedoria, nunca se esqueça que também eles saíram um dia do seu ventre, não passando apenas de filhos irresponsáveis e rebeldes, brincando com o fogo, nas suas loucas primaveras da vida!...