ÀS FORMANDAS DO COLÉGIO BENJAMIM GUIMARÃES, 1972

Amigas da turma de 1972,

Tudo depende do tempo e do acaso, assim preconiza o Livro Sagrado, em Eclesiastes, capitulo 9 – verso 11.

O acaso nos uniu tempos atrás num colégio, agrupando-nos na mesma turma; o tempo nos consolidou o apreço, emoldurado sentimento pelo tempo que sei, traduziu em saudade.

O tempo quis nos provocar, ajuntando-nos novamente num buquê humano, para uma reciclagem natural de alegrias, surpresas e de felicidade sem medida, pois não se mensura o sentir.

Bendiga-se o tempo, valorize-se o acaso ou o destino que espalha pessoas aos quatro ventos, e numa feliz idéia de algumas pessoas iluminadas, faz brilhar o sol reluzente na alma de cada ser, num novo encontro após indefinidas e variadas luas.

O tempo não passa, porque é constante, não pára, porque é único e ininterrupto, mas transforma vidas, aparências, sentimentos, e nós, realizadas ou não, felizes ou nem tanto, imperfeitas que todas somos amadas ou solitárias, somos únicas e imprescindíveis. Somos importantes para outrem, principalmente, sendo-o a nossos próprios olhos, abençoada seja a auto-estima!

Pela Palavra de Deus, há tempo de plantar, tempo de colher e, hoje, ceifamos o que perdurou, o que permaneceu, o que ficou em nós e de nós no jardim desta maravilha a que chamamos vida... É nosso viver em flashes, que aqui se apresenta e que vale recordar.

A vida foi a mesma que nos separou e que nos reaproximou, é ela o agente principal que nos depura, constrói, reata, resgata ou arrasta. A amizade que nasceu de uma convivência de tempos atrás ganhará uma nova roupagem, uma nova oportunidade de se refazer, de repaginar e, de agora em diante, no dia a dia, florescer com outras matizes, a perdurar agora e para sempre no íntimo de cada pessoa especial aqui presente.

Aqui estamos, no regozijo desta noite memorável, trocando idéias, endereços, quiçá confidências, rememorando fatos daquele tempo e assumindo, a partir de agora, o compromisso de novo encontro, porque é isso que desejamos: não nos dispersemos, companheiras e amigas!

Para aquelas que, por motivo de força maior, não puderam estar aqui conosco, receba a nossa compreensão, embora sintamos muito pesar por não encontrá-las conforme desejávamos ardorosamente.

Que o Grande Arquiteto, o Ser Supremo, que conhece o íntimo e o sentimento de cada uma aqui presente, possa abençoar-nos a todas, fazendo perene a alegre lembrança desta noite que se manterá indelével, a partir de hoje, nos nossos corações.

Até a próxima!