E naqueles olhos verdes, profundos como um lago ladeado de serras, serenos como o firmamento, conheci uma irrefutável verdade e me enveredei por pensamentos mágicos. Sensações tidas, sensações jamais tidas, sensações contidas, sensações idas... Sensações assimiladas a uma vontade de querer, quando não se quer ou se quer apenas para sonhar. Sonho? Sim. Alguns loucos nascem para isso, sonhar. Outros vivem do sonhar. São como os poetas, que nascem para amar e não para serem amados. São loucos nefelibatos que não precisam de voz, mas sim de palavras que os nutrem. Expressam - como quem respira o ar para viver – palavras puras e verdadeiras, deixando-se manifestar nas entrelinhas das letras seus mais intrigantes sentimentos e a luz que nasce de suas almas incompreendidas. No instante que ignorar e sufocar minha alma e meus sonhos deixará de existir e, quando for amado por alguém, me tornarei comum, volúvel, superficial, indiferente. Se sonhador eu continuar almejando ser, continuarei incólume e imutável durante minha vida e me estenderei, quem sabe, para além de minha morte. Não posso me restringir a preocupar com limitações humanas quando, na verdade, estou tentando falar com Deus no brilho daqueles olhos verdes.
 
O Vento que Passa Vinícius de Almeida.
PRESENTE DO AMIGO SANDRO... AMEI!


LU ROCHA
Enviado por LU ROCHA em 14/05/2009
Reeditado em 14/05/2009
Código do texto: T1594441
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