Manoel Bandeira.

"Desencanto"

"Eu faço versos como quem chora,

de desalento...De desencanto...

Fecha o meu livro se por agora,

não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue, volúpia ardente,

Tristeza esparsa...Remorso vão...

Doi-me nas veias, amargo e quente,

cai, gota a gota, do coração.

E nesses versos de angústia rouca,

assim dos lábios a vida corre,

deixando um acre sabor na boca.

-Eu faço versos como quem morre".

O incomparavel "Manuel Bandeira"...Quem não chora quando o lê.

Sartorato
Enviado por Sartorato em 17/08/2009
Reeditado em 18/08/2009
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