MEU PAI MEU GUERREIRO

Meu pai nobre fazendeiro

No verão retirante sertanejo

No inverno grande vaqueiro

João Batista meu guerreiro.

Sua paixão era a fazenda modelo

Situada no riacho do pau

La em Pedra de Buique

Sua modesta terra natal.

Tinha cavalo de raça na baia

Pra vaquejada e exposição

E pra montaria diária

Um burro xucro de estimação.

Inda tinha um jumento

Era a maior alegria

Pra montaria da meninada

Era manso não precisava de guia.

O seu único filho João Alberto

Esse tratava dos cavalos

Montava com perfeição

Na passarela era campeão.

Minha mãe dona Vanusa

Cuidava da casa e do terreiro

Criava galinha e seriema

Jaçanã,passarinho e arara.

No terreiro tinha de tudo

Pato, peru, pavão e guiné

Sapo, cobra, raposa e cachorro

Burrego enjeitado e menino levado.

A família cuidava da terra

Na época de plantação

Era festa na colheita

Com o povo em mutirão

Era assim a vida na roça

Todos movidos pelo coração

A família Tenório Salviano

Sobreviventes da seca do sertão.

bel Salviano Planeta Poeta
Enviado por bel Salviano Planeta Poeta em 05/09/2009
Código do texto: T1793405
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