Quando as lágrimas caem
Este texto é uma homenagem ao meu amigo Iratiense Joel Gomes Teixeira, um dos inúmeros grandes escritores aquí do Recanto. A sua poesia "Solidão de Bodegas" que termina com a frase " duas lágrimas caem" motivou-me a comentar e, sem pedir licença ao poeta e à sua poesia, "cometer" essas quadrinhas. Como dizem que o que vale é a intenção, aquí vai:
Quando essas lágrimas caem
Antes até de chegarem ao chão
Silenciosas, na face elas traem
Mostrando o que vai no coração.
Um caboclo pode não ter nada
Nem chapéu,alazão ou boa roça
É bem capaz até de dar risada
Pode até ficar sem sua palhoça.
Só não lhe tirem seu bem maior
Por quem lida e segue lutando
Pro matuto nada pode ser pior
Não ter um abraço esperando.
O abraço também perdí prá vida
Como o olhar desse homem triste
O meu marejou com a dor sentida
Secou. Por aquí nem chão existe.