Quando as lágrimas caem
Este texto é uma homenagem ao meu amigo Iratiense Joel  Gomes Teixeira, um dos inúmeros grandes escritores aquí do Recanto. A sua poesia "Solidão de Bodegas" que termina com a frase " duas lágrimas caem" motivou-me a comentar e,  sem pedir licença ao poeta e à sua poesia, "cometer" essas quadrinhas. Como dizem que o que vale é a intenção, aquí vai:


Quando  essas lágrimas  caem
Antes até de chegarem ao chão
Silenciosas, na face elas traem
Mostrando o que  vai no coração.

Um caboclo  pode não  ter nada
Nem chapéu,alazão ou boa roça
É  bem  capaz até de  dar risada
Pode  até ficar  sem sua palhoça.

Só não  lhe tirem seu bem maior
Por  quem lida  e segue lutando
Pro  matuto  nada  pode ser pior 
Não  ter um  abraço  esperando.

O  abraço  também perdí prá vida
Como o olhar desse homem triste
O meu marejou com a dor sentida
Secou. Por aquí nem chão existe.

 

Rosso
Enviado por Rosso em 08/09/2009
Reeditado em 03/08/2022
Código do texto: T1799590
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