HOMENAGEM A D. ZIZA

O texto que se segue me foi "encomendado" por uma grande amiga por ocasião do aniversário de 80 anos de sua mãe. Uma senhora com quem tenho o prazer de conviver e um exemplo de vida ... daí pensei ... vou publicar para socializar uma história de vida que merece ser conhecida e seguida por muitas pessoas ...

AH! D. ZIZA

Laura Leal

Vamos imaginar que estamos na década de 30. A Europa ferve! Hitler, declara ao mundo a segunda guerra Mundial. No Brasil, ocorre a Revolução liderada por Getúlio Vargas que deu início ao Estado Novo. Mulher não votava! A gaúcha, Yolanda Pereira, foi eleita Miss Universo. O Brasil cantava “As Pastorinhas”, “Aquarela do Brasil”, “No Rancho Fundo”, “Carinhoso” e “Chão de Estrelas”. O cinema disseminava novos costumes. Hollywood, através de suas estrelas, Marlene Dietrich e Greta Garbo, ditava como padrão de beleza uma mulher magra, bronzeada e de visual sofisticado, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro. Alguns modelos novos de roupas surgiram com a popularização da prática de esporte, como o short, que surgiu a partir do uso da bicicleta. Os anos 30 descobriram o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Seguindo as exigências das atividades esportivas, os saiotes de praia diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura.

Foi nesse cenário que nasceu JOSEFA BARBOSA DE ANDRADE,nossa querida D. Ziza. Menina, que revelou-se na idade adulta uma mulher levada da breca, dotada de um humor contagiante, de uma alegria singular e de uma fé inabalável na vida e em suas circunstâncias, construiu, sua vida como se fosse um colar de contas: o fio, sua própria vida – sua juventude, sua simplicidade, sua energia e sua saúde – as contas, as vermelhas, seu amor pelo maridão, as contas azuis e cor de rosa, sua dedicação para com seus filhos e filhas, e as contas multicoloridas sua solidariedade e hospitalidade para com seus amigos.

D. Ziza, é o tipo de gente que definitivamente não tem nada a ver com a linha cronológica do tempo. Com ela podemos aprender como permanecer jovem... ela tem seu próprio manual de juventude ... no qual, imagino, tem escrito:

1- Livrem-se de todos os números não essenciais: isso inclui idade, peso e altura;

2- Conservem só os amigos alegres. Os pessimistas nos deprimem;

3- Apreciem as coisas simples;

4- Riam sempre! Muito e alto! Riam até perder o fôlego;

5- Lágrimas acontecem. Suporta, queixa-te, mas continua;

6- Rodeiem-se daquilo que ama: família, animais de estimação, músicas e plantas;

7- Dancem, cantem, façam amor sempre e não resistam a uma (ou a muitas) taças de vinho.

São por esses seus ensinamentos, querida, que todos nós que estamos aqui, seu marido, seus filhos, seus netos, seus sobrinhos, seus amigos e os amigos de seus amigos lhe prestamos essa homenagem ... VOCÊ QUE CONSIDERAMOS GENTE FINA ...

... e que é tão especial que a gente nem percebe se é gordinha, magra, madura, jovem, loira, morena, alta ou baixa;

... que está acima de qualquer classificação. Todos a querem por perto. Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando é necessário;

... que é simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir;

... que é generosa, mas não é frágil. Ajuda, mas permite que as pessoas em sua volta cresçam sozinhas;

... que diz mais SIM do que NÃO, e faz isso naturalmente, não somente para agradar;

... que se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco, ou em um castelo;

... que não julga ninguém, apenas tem opinião;

... que não esnoba, não humilha, não trapaceia, e não engrossa;

... que não coloca areia no projeto dos outros;

... que não faz fofoca, e se coloca sempre no lugar do outro;

... que é amável, honesta, verdadeira e confiável;

É por tudo isso que se colocarmos D. Ziza na balança, ELA, certamente fará a diferença. Sabe, gente? D. ZIZA TEM QUE VIRAR TENDÊNCIA!!!!

É, pessoal, Mário Quintana é quem tem razão quando diz: “Não cace borboletas, plante um jardim que elas virão até você”. Todos que aqui estão, tenho certeza, identificam em D. Ziza, em Seu João e em seus descendentes essa verdade.

Parabéns, querida e obrigada por ter ensinado a todos nós que a vida não se mede pelo número de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nós ficamos sem fôlego!

LUZ E PAZ EM SEU JARDIM!!!!

Laura Leal
Enviado por Laura Leal em 03/09/2010
Código do texto: T2475762