O OLHAR DE HELEN KELLER   (releitura)



Havia, talvez, um X de ausência infinita
em seus olhos que não viam.




Talvez um Y de melodias perdidas
em seus ouvidos que não ouviam.
Um Alfa e um Ômega do dicionário
da vida em seus lábios que não falavam.
Mas havia toda a vida do mundo
dentro de sua consciência
que via todos os seres 
com  seus verdadeiros rostos.




Que ouvia a melodia das esferas,
a mais perfeita de todas.
Que falava com a voz do  seu coração:
- a que  profere palavras perfeitas.

E assim viveu entre nós,
nos mostrando que a luz dos olhos da alma
é a única que realmente ilumina.




Que os sons que podemos ouvir
de dentro de nós são os que têm 
os acordes do infinito.
E que as palavras do coração
são a poesia dos céus.

Deixou-nos seu exemplo de que
o verdadeiro ser está  muito além
da matéria de que é feito...
e que quem nasceu para iluminar,
pode não ter a luz dos olhos,
mas com certeza, sua alma
tem a dimensão do sol.





Helen Keller (1880-1968)
Sites das imagens:

fullissue.com
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vanessinhameira.blogspot.com


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