Eu poesia

Não seremos prolixos, vamos falar de poesia

Eu, meu eu lírico e o alter ego se exporão

Concordamos que a mesma, no âmago, é cega, um lince, feia e linda

Em sua saída, abraçada na verve, leva contigo tato e emoção!

Poesia pode lhe trair, atrair e extrair

Estimular muitos, ou nenhum

Ser alento ou veneno.

Pode, com sua criação, somar ou subtrair

Levar aos sonhos, ser foice perversa, vertigem

Ser seu metiê, ócio, dar ordens ou obedecer.

Em poemas libertinos

Que quase sempre em linhas tortas

Ficariam mortos, desatinos

Mas comovem platéias, alcançam destinos!

No arcano que é a poesia

Fazemos uma idolatria doentia

Poesia é menina traidora e mentirosa.

E nós, mesmo que na ferida exposta da fossa

De pé, batendo palmas

Damos guarida, espaço e nossas almas.

André Anlub

Site: poeteideser.blogspot.com

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