Meu vizinho artista!

Vzinho artista!

Comprei uma casa com muitos sacrifícios, depois de muito trabalho e dedicação. Tinha comigo uma fortaleza, a dona da casa nova, minha esposa Eugênia.

Queria dar pra ela mais ou menos o que ela tinha quando solteira. O lugar era simplesmente maravilhoso, mas a casa precisava de muitos reparos, a começar do portão que não tinha. Em frente a essa casa havia acabado de ser inaugurado um bar, onde meu vizinho era um dos sócios. Tudo novidade. Com pouco dinheiro, ou melhor, sem nem um, me vi na urgência e emergência de mexer na rede de esgoto, pois se tratava de uma rede velha feita de manilha de cerâmica, entupida e quebrada, esse problema foi logo resolvido apesar da falta de grana.

O que eu não contava era com os abusos e ousadia do dono do bar, esse por sua vez não respeitava ninguém da vizinhança, muito menos seus funcionários. Também não morava na comunidade, se tratava apenas de um forasteiro, que colheu o que plantou.

No início era uma maravilha, eu morando num lugar chique, o bar era freqüentado por quase toda alta sociedade e eu ali sempre acenado por um e outro conhecido.

Do lado esquerdo da casa mora um jovem que tocava violão, sanfona e teclado e ainda era doutor! De frente um cantor renomado da cidade, uma pessoa de sorriso aberto e cabelos longos. Sempre com muita consideração, muito respeito e admiração. Falo do meu amigo, cantor e vizinho Paulo Lobo, que já teve vários programas de televisão, já escreveu para jornais etc. Autor de Ruas de Ará, entre outros sucessos. Bom vizinho, bom pai e como ser humano um verdadeiro baluarte e exemplo de viver com sua eterna harmonia com o mundo artista. Mentor de vários projetos relacionado à arte, sempre de casa cheia com artista de renome e peso de Sergipe. Construiu um teatro em sua própria casa.

Sempre fui consultado a dar idéias, como também ajudá-lo em uma coisa e outra, me sentia o Maximo em estar ali prestando um favor a um ídolo do qual aprendi a cantar seus sucessos desde os tempos de adolescente. Escritor, compositor, dono de uma voz suave, marcante, cativante em seus versos românticos cheios de magia e muito talento. É uma honra ser seu vizinho Paulinho, é assim como o chamo. Tem como seus fãs toda minha galerinha lá de casa e toda cidade de Aracaju.

Na minha rua temos apenas nove casas e dois edifícios e falando em artista temos quatros residência que destaca com seu lado artístico, não sei dizer se o clima já propicia isso ou existe dentro de cada um o verdadeiro sangue artístico.

Depois de dez anos de convívio com meus vizinhos, tenho por eles um relacionamento de irmandade, nesse período construí um terraço de onde costumo reunir os amigos para fazer um forró, por motivo de trabalho passei um tempo sem reunir essa galera. Fui cobrado por uma boa parte dos vizinhos, que diz que as vezes que não pode comparecer com certeza estar dançando enquanto trabalha, outro diz que meu forró agrada, pois só tocamos musica de boa qualidade, o verdadeiro forró pé de serra. Muito Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Flavio José, Falamansa entre outros.

Como é bom ter vizinhos artistas, agente vibra com o sucesso de cada um e se orgulha de conhecer e compartilhar do seu dia a dia no entra e sai de suas vidas.

Entre todos os vizinhos destaco Paulo Lobo o seu lado artístico. Não escrevo aqui o lado humano, o lado solidário, o lado irmandade dos outros do qual tenho a mais profunda admiração e respeito. Cada um com sua particularidade e estado de conversa. Sempre sou elogiado pela educação dos meus filhos o que me orgulha muito, sabendo que estou conduzindo de maneira correta a educação deles.

Finalizo essa mensagem e homenagem ao meu vizinho artista Paulo Lobo, morador da Rua Américo Curvelo. Conhecido também como compositor das Ruas de Ará!

Escrito em 16 de abril de 2011, por Orlando Oliveira.

ORLANDO S OLIVEIRA
Enviado por ORLANDO S OLIVEIRA em 16/04/2011
Reeditado em 04/06/2011
Código do texto: T2912958
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