COQUEIROS DO PARAGUASSÚ, MINHA TERRA QUERIDA.

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Olhar os teus outeiros, ver teu horizonte azul,
O dia se despedindo e o luar que me abraça,
De felicidade suas ruas são nas minhas saudades,
Lembranças felizes, que enche meu coração de graça.

Em ti achei a ventura, pois teu mar canta,encanta
Quente é o sol rubro e ouro quando sobre mim se deita,
O vento me traz paz , a guiar-me com grande doçura,
A tremular em minha alma, como se fora uma bandeira.

E quando o belo verão faz sua gloriosa aparição,
O amor se espalha pelas tuas esquinas, em ondas ardente,
A passarinhada faz festa nos ninhos, nas mangueiras,
Guarnecendo de vida e canto, cada quintal da gente.

No teu inverno as nuvens parecem dançar sonolentas,
Fazendo vagar longínquo o meu olhar ainda de menina,
Fazendo-me acreditar que a esperança em mim acendeu,
Mesmo tendo no coração, os sonhos cheios de neblina.

Na passagem dos dias chega o outono ;é renovação,
As folhas secas voando, parece uma paisagem, ou pintura,
E se é noite sem estrelas e a lua solitária se escondeu,
A aurora virá trazendo um novo dia,e com ele sua cura.


Teu campo aberto em flores, edifica minha história de vida,
Pensamentos voam como flexa, meu alento , meu ungüento,
Neste pulsar do coração, perdidas minhas saudades calam,
Tua primavera me assombra; recordações deste belo tempo.


Nas tuas asas, gostaria de esquecer o adulto que hoje sou,
Para não fazer dos meus sonhos só uma utopia de infância,
Queria que a vida me devolvesse um pouco do que aqui vivi,
Para poder ser outra vez terra querida, tua risonha criança.


SALVADOR.01//08//2011
DOCE VAL.