Pequenos corações

Quando penso que o mundo estar por um triz, observo aqueles pequenos olhos que denotam uma pureza que jamais deveria findar.

Quando toco naquelas pequenas mãos, percebo que tal vigor não se é comparável aos que eu possa ter, ou mesmo aos que tenho, visto que, esse é um genuíno.

Se meus pés são mais longos posso chegar mais rápido, mais para os “pequeninos” o importante é chegar, pois o tempo não importa.

Se para eles abrimos os braços simplesmente nos abraçarão, pois os preceitos deles são ordenados pelo coração.

Se reclamamos de coisas banais, eles nem se quer sabem o que é ser banal.

Eis a semente de um mundo que desvaloriza os pequenos que poderão mudá-lo; Sem que possamos perceber que das sementes temos o fruto, dos frutos temos a vida.

E então, se nascemos tão pequenos, por que tentar ser maior do que devemos?

Não se explica por não haver explicação, mais se pequenos nascemos o grande que virá nada mais será que a simples continuação.

Os dias se passam e não é difícil perceber, o afeto se esconde, simplesmente para se proteger;

Proteção contínua de vossos corações que lutam, lutam e lutam.

Porém os pequenos corações não precisam confabular o desgosto e o desamor, então que possamos fazer do futuro um ideal, valorizando as sementes que fazem parte de nós.

Para que assim os frutos sejam mais castos, enfim, que o seu coração saiba que o quanto menor um existir, maior será o amor que dali irá emergir.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 12/10/2011
Reeditado em 12/10/2013
Código do texto: T3272359
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