Princesinha da Mamãe

Em novembro de 2004, ansiosos, aguardávamos uma chegada especial. Outra vez, em Sua magnitude, Deus me abençoava com uma filha. Criaturinha fofa, linda, esperta e, o melhor, muito amorosa.

A maternidade me faz feliz. E a minha felicidade se dá em momentos inusitados, de declarações de amor, quando Marina revela-se em suas falas, puras, intensas e surpreendentes. “Minha gostosa!” Essa é uma das frases diárias que ouço, ao ser abraçada por ela.

Marina é muito espontânea. Experimento uma satisfação que toma conta da alma, cada vez que ela articula palavras de amor, dedicadas a mim. Às vezes, com ternura sem igual, me envolve nos braços e diz: “Ô, mãe, eu nem te aproveitei hoje!”. Isso me faz viver de felicidade!

Emocionou-me deveras uma vez em que aquele coraçãozinho inocente, alheio à maldade mundana, fez palavras simples soarem como música aos meus ouvidos: “mãe, o que eu sinto por você é uma coisa tão grande, que eu nem sei dizer como é...”

Essa menininha esperta, apresentada até aqui tão meiga, tão inocente, muitas vezes me deixa sem resposta quando me indaga sobre assuntos que ainda não são permitidos para a sua idade. “Mãe, camisinha protege de quê?” Camuflando o espanto, para não revelar a minha inexperiência, respirei, e disse que pesquisaria para lhe dar uma resposta depois. “Outra vez, a mídia!”, pensei.

Semana que vem, dia 08, é aniversário de sete anos da minha princesinha. E o meu desejo é que ela continue essa menina feliz, cheia de amor, inteligente, e muito especial. E que eu possa, na insistente tentativa de ser uma boa mãe, proporcionar a ela a assistência devida, criando para o mundo um ser do bem.

Marina, meu amor, a mamãe te ama muito... um amor que palavras não explicam.

Parabéns, minha linda!

Publicado no Jornal O Povo, edição de 05/11/11

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 14/11/2011
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