MEMÓRIAS DO FUTEBOL


41 - COPA DE 74, A CASA QUASE CAIU! :: O Futebol é outro instrumento de integração nacional, quiçá universal, além da música que, anteriormente,  mencionei. Surgia por todos os cantos, campinhos de futebol, até em detrimento de plantações. Lavouras que esperassem o arrefecimento do entusiasmo causado pelas vitórias da “Seleção Canarinho”. Não havia acompanhado as “Copas do Mundo” anteriores, a não ser a de 1962 que ganhamos com jogadores como Pelé, Garrincha, Zagallo e tantos outros. Acompanhamos pelo radio, sem saber se “jogavam para cima ou para baixo”, como dizia meu pai, quando passou a assistir os jogos pela TV: - “Agora vai melhorar, porque o time vai atacar para baixo”, sem a noção de que os campos de futebol são rigorosamente nivelados. Talvez o seu campinho, lá de Araguari não o fosse. A copa de 1970, ganha por Pelé, Clodoaldo, Tostão, Rivelino, Garrincha e outros heróis nacionais canarinhos, Zagallo como técnico, não assisti pela TV. Mas a de 1974, em Crixás, assistimos em um único aparelho, num alto da cidade, na casa de um rapaz que nos concedeu este privilégio, mesmo a contra gosto. Quase derrubamos a sua casa, pois a multidão subia pelas paredes até ao telhado da mesma.

42 - GARRINCHA, SEUS ÚLTIMOS DIAS:: Muito mais tarde iria assistir a uma “histórica” partida de futebol na cidade de Planaltina - DF. Pela última vez, Garrincha, participaria de um jogo, com seus malabarismos, mesmo que por poucos minutos. Estava gravemente enfermo. A renda daquele evento, seria revertida para ajuda aquele lendário, folclórico, jogador. Morreria poucos dias depois. Estavam comigo, Delma, minha cunhada e minha filhinha, Késia, em 1983.

De: "Tempos Memoriais", em preparação - Abello