Dia da Mulher
         Gosto de pensar que a mulher é a obra prima da criação. A linguagem figurada da Sagrada Escritura sugere isso. Quando tudo estava criado, inclusive o homem, Deus vê que faltava alguma coisa. E cria a mulher.  Como ápice e coroa de toda a obra criada. Seus atributos: ternura, intuição, beleza, eficiência. Com a presença da mulher nada mais faltava e Deus “descansou”.
         Ao jogar a mulher na vala comum do consumismo, tornando-a objeto e ferramenta de prazer e lucro,  a modernidade está jogando no lixo o tesouro mais precioso que possui e a mais valiosa arma para a humanização da humanidade.
         O Dia Internacional da Mulher é uma exaltação à mulher que sai a campo para conquistar um espaço que lhe foi negado ou roubado. A história triste do machismo versus feminismo é, ao lado das guerras famosas que a História registra, a mais grave.
         Aos erros do machismo do passado acrescentam-se os erros do feminismo do presente, agravando o conflito entre o homem e a mulher. O feminismo ele próprio contribui para o inchaço desse conflito. Tanto é verdade que nunca, em todo o passado, a mulher foi tão reduzida a coisa e objeto como hoje. Objeto de cama e mesa. Mais cama do que mesa. E tudo leva a crer, com fartura de evidências, que o feminismo foi elaborado por machistas.
         Por que lutam as mulheres? A mulher luta para conquistar um espaço... É justo admitir que a mulher, analisando o passado, entenda que tem sido tratada mais como objeto de uso do que como sujeito de participação e deliberação. Mas que se poderá dizer da mulher de hoje após as conquistas que um feminismo manipulado lhe possibilitou?
         Ou nós tratamos a mulher com o respeito e a ternura com que Deus a tratou na criação, ou estaremos fadados a contemplar e sofrer a tragédia de um mundo cada vez mais violento e assustador.