Marina Helena Olichesky.

Nascida em um dia 13

Ah, o mês era de agosto

Em mil novecentos e oitenta e cinco

Plínio Marcos enfartava...

Morria mais um autor e ator maldito,

Castigado pela ditadura.

Tancredo Neves se tornava presidente

Frenesis de milhões de sonhos aglomeravam-se.

Morria Cora Coralina... A poesia em choro!

O Brasil em choro... Morria Tancredo

José Sarney assumia, e convocava a constituinte!

Chega agosto o mês de cachorro louco.

Na maternidade com nome de santo,

Nascia Marina... Este nome é descanso!

Porto seguro de embarcações.

Somado a Helena, com a força de Tróia.

Ah doce menina Marina Helena!

Viveu como ninguém a força do bem ao cruel.

Viu as mentiras... Sonhou com as promessas...

Viajou no luar andante... Viciada, foi aos atos de criança!

Viu com ardor os anjos da lei!

Sentiu o amor louco... Foi mutante e virou aranha.

Com suas experiências teceu suas teias.

Vivendo sua humanidade, ela nos mostra esperanças!

Invisível, vive o amor sem cobranças.

Heroína de verdade, mas que tem seu beijo roubado.

Mas ela é a primavera, desabrochando na poesia!

Queria “eu” ver todos os dias, a primeira flor de suas poesias.

Fernando A. Troncoso Rocha.