Ode a Arlinda Mestre

Ela é bela; ela é formosa... toda de vermelho, é uma pétala de rosa!

Luz clara e intensa

Qual farol orientador!?

Essência de rosa imensa,

Ambiente transpirando suor. . .

Vidros de uma transparência

Invulgar e transcendente,

Do interior, reluz o calor:

Corpos nus, suados, embebidos

Pelo odor de uma pétala de flor!

É ela, é bela!

O veludo que acaricia sua pele

É doce e macio como o mel;

Desfila no vermelho avivado

Pela luz que a torna mais luminosa;

Arlinda, é mulher, é pecado;

O alicerce do presente

Buscou-o no passado;

Lágrimas que havia derramado

São meras partículas de um mar

Que ainda que bravio e selvagem,

Traz à tona da sua margem

Pétalas de rosa a flutuar!

Arlinda Mestre é a mulher

Que mais se assemelha a uma rosa:

Antes de viver, sobreviveu;

Desabrochou como uma flor

Essa, que das pétalas se ergueu,

De entre as quais vi um Ser

Cujo destino é vencer

Eternamente, ela, a fotógrafa que dá cor;

Preto e branco numa tela nua

Que se deixa vestir

Pela mão que mais se adequa. . .

Ela é bela,

Ela é formosa;

Arlinda trajando de vermelho,

Encarna a cor da paixão;

Velas acesas reflectem com um espelho

A mulher ardente feito furacão!

Ela é formosa;

Ela é bela;

Simples e singela. . .

Hei-la, um botão de rosa!

artescrita
Enviado por artescrita em 02/02/2007
Código do texto: T367335