Benjamin

Escutando Pearl Jam durante alguma aula

Peguei-me sorrindo ao lembrar-me dele

E que vontade me deu daquela conversa

Que só ele saber me oferecer

Certa vez tivera o prometido que tentaria descrevê-lo e pode-se considerar esta uma tentativa falha de descrever alguém parcialmente indescritível. Parcialmente pelo fato de ter a impressão de mesmo chegando a conhecer cada pedaço de seu ser, ainda ei de descobrir alguma frase que o provoca um riso diferente do anterior. Um dia, quem sabe, eu consiga descobrir todos seus adjetivos estáveis, mas há uma certeza de que ele continuará com um toque “indescritível”, talvez seja essa a palavra chave que todos procuram, alguns acham, mas não se conformam com tal realidade. Todos os adjetivos vêm seguidos da pergunta “Será?”, e ele não responde, dá um meio sorriso levantando uma das sobrancelhas e pergunta o mesmo “Será?”, mas quando lhe é jogava com uma quase certeza derivada de algumas observações, a reação já lhe é diferente e me repuxa os lábios; “De onde tirou isso” diz com uma expressão preocupada. E são nesses momentos que tenho a impressão de tê-lo conhecido há alguns anos atrás, quando na verdade só tivera começado a conversar com ele há menos de um mês.

Vejo alguém um tanto enrustido naquele rapaz, que tenta se proteger deste mundo cruel, não por ter medo – quase não deixa transparecer algum tipo de medo –, mas porque sabe o que acontece na maioria das vezes quando mostrasse o bom coração que tem, aproveitam disso, talvez seja esse o motivo de sua confiança ser tão difícil de conquistar-se, e quando conquistada, seu coração se mostra melhor do que de qualquer um; doce, atencioso, às vezes até ingênuo, mas sem deixar de ser enfezado, mas quem se importa com isso?

Nota: Muitas vezes vi esse coração.

É certo que as pessoas aparecem em sua vida e muitas delas se vão, aparecem com um propósito e vão embora nos oferecendo uma lição de vida, algumas vezes machuca, mas com o tempo você nota que graças a aquela pessoa, você se faz hoje mais experiente que ontem. Porém, dentre todos os mistérios desse rapaz, eis o que mais me intriga: Qual é o seu propósito em minha vida? Mas se for para partir, não quero lição alguma, não quero a resposta dessa pergunta, quero apenas continuar fazendo parte do seu dia-a-dia, sair de sua casa em um domingo qualquer, pós uma sessão de filmes antigos e discussões, olhar pra trás e dizer com a maior sinceridade do mundo:

– Foi um prazer ter parado um pouco a tua rotina. Até mais.

Lu A
Enviado por Lu A em 28/06/2012
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