UM ANJO QUE VEIO DE LONGE...

Veio, sim,

com a mansidão que chega sem barulho...

Sem estardalhaço, sem indiferenças...

Cavalgou espaços,

culminou instantes...

E chegou trazendo alento...

Seu canto já soara um dia,

nas trilhas áridas de um campo em flor...

Chegou este anjo,

para ser amigo...

Chegou amigo,

para ser filial...

Não enxergo oásis,

nem vislumbro ao longe...

Vejo ao meu redor,

como um corredor florido...

São assim os anjos!

Seu abraço alado

fica um instante silente,

para se fazer presente,

nas paragens do eterno...

Pensar que não existe

este amor é tolo...

Este amor é lindo,

é feito de carinho...

É como o pássaro que volta ao ninho,

depois de longo e tenebroso inverno...

Volta o filho ao coração que chora...

Volta presente, como prova do infinito...

Sem gritos, sem fantasias,

povoa a presença de cada um de meus dias...

Fica, meu anjo tão querido,

meu coração te afaga,

minha alma se alegra:

tua presença tem nome,

tua voz ecoa,

em cada gesto teu, em cada raciocínio...

Os espaços foram, enfim, libertos...

Os grilhões quebrados...

Ressurge a poesia...

Todo o passado nasce

e com ele tua presença...

É importante para mim esta vivência

e esta vivência, também, tem nome...

Vieste mesclado das penas da saudade...

Vieste vestido de amor filial...

Filho do coração,

lembrança de uma vida...

Agora existes no nosso mundo real...

Teu nome nobre mostra tua estirpe...

Tua palavra mansa traz a aptidão

daquele que pensa com os números,

mas age muito mais com o coração...

Menino querido, tu és André Vinicius!

(às 00:14 hs do dia 21/01/07)

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 24/02/2007
Reeditado em 24/02/2007
Código do texto: T391319
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