AOS QUE JÁ FORAM EM SUAS PRÓPRIAS GLÓRIAS

Queria eu ter a certeza de que um dia os encontraria, mas isso soa falso, os mortos jamais se encontrarão. Mas porque não homenageá-los? Lembrar deles e delas que partiram cumprindo seus deveres?

Eu aqui quase fui, por várias vezes, e cada vez aumenta mais o desejo de ir, não nesta utopia de reencontrá-los, mas a de terminar de vez o enfado que vivemos aqui, as ingratidões e desinlusões.

Então fica aqui, neste pequeno escrito minha homenagem aqueles que nem tiveram tem para se despedirem. Se foram, sem choro, sem bandeira, mas em suas honras guardados.

Lembrar o nome de todos aqui sei que seria injusto, porque esqueceria algumas dezenas por certo. Então fica no geral, de todos nossos corações a nossa continência, homens e mulheres incólumes, com lágrimas retidas, mas com sentimentos liberados como soldados comprometidos com a missão dobrada daqueles que se vão.

Não será o som do clarim que nos moverá, mas as lembranças do cotidiano, da ação e das canções e gritos de guerra (SELVA!) que nunca se apagará, porque ecoa em toda selva, em todos os ouvidos, em todos os corações.

Sou, és tu, somos nós, brasileiros sem fronteiras, sem divisas, esquecidos por aqueles que estão atrás dos gabinetes, mas que lembrados quando de nós precisam.

Os mortos não voltam, não reencarnam, não ressuscitam, apenas morrem, se calam, silenciam e ficam, talvez a contemplar suas obras que ficaram como em fitas cinematográficas a passar-lhes diante de seus próprios olhos.

Aos mortos imortais; aos imortais mortos... SELVA!

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Enviado por \\\\ em 01/11/2012
Reeditado em 13/05/2013
Código do texto: T3963635
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