O ADEUS DE SERGIO PANDOLFO

Aos Sr(a)s Leitores do Site Recanto das Letras

Somente agora, quase 03 meses do falecimento de nosso grande Medico Escritor e Poeta SERGIO PANDOLFO, SerPan, ocorrido em 09/01/2013, passados um pouco da tristeza pela sua morte prematura, venho divulgar a pedido do seu filho NICOLAU PANDOLFO a homenagem feita por ele quando de sua passagem do Plano Terrestre para o Plano Espiritual em 09/01/2013 .

A divulgação desta homenagem e uma forma de manter viva a lembrança deste grande ESCRITOR como forma de grande admiração , carinho, e reconhecimento por tantos ensinamentos, conhecimentos e sabedoria por ele deixados, através de artigos tão bem pesquisados, elaborados e minuciosamente ilustrados.

Mensagem de seu filho Nicolau Pandolfo em 13/01/2013 15:24 -

Aos amigos que não puderam presenciar o velório de meu pai amado Sérgio Pandolfo, somente posso dizer que foi lindo tal qual num sonho, apesar da dor e sofrimento naturais do momento. Ocorreu em um palacete histórico, sede da Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará, situado na Vila Bolonha, cuja presidência já foi exercida por SERPAN, um dos mais exímios e habilidosos cirurgiões destas plagas "parauaras", conforme relato de seus colegas esculápios, com a presença de inúmeros amigos, admiradores e leitores deste homem imortal em sua grandeza cultural, humanística e social, dos mais diversos estratos sócio-econômicos, como médicos, em sua maioria; advogados; empresários; intelectuais; secretários de estado, etc, mas, também, pessoas simples do povo, antigos funcionários do findado hospital "São Marcos", ou pacientes por si atendidos e que ele pode ajudar com a ciência que exerceu por cinco décadas, com invulgar competência, dedicação e humanidade ao par de sua simplicidade e humildade como ser humano, jamais enriquecendo da arte de curar e salvar vidas, intransigentemente fiel que fora aos ensinamentos do "pai da Medicina", Hipócrates.

A minha homenagem a este homem que tanto amei e ainda amarei até o fim de minha existência, cujos exemplos esforçar-me-ei a transmiti-los a minha descendência, foi declamar alguns de seus versos e poemas, tentando tornar aquele momento de infortúnio acontecimento de pura beleza poética, e tenho certeza ter meu pai, que estava naquele lugar não apenas estendido inerte naquele bonito, mas, singelo esquife, emocionado-se com o último adeus de sua família e da legião de amigos presentes, que representavam pequena parcela dos seus admiradores espalhados por esta continental pátria e, quiçá, outros países, sobretudo, Portugal, segunda pátria de meu pai, não somente pela ascendência de sua mãe, Clara Pandolfo, mas, sobretudo, por sua veneração à língua portuguesa e autores como Camões, Fernando Pessoa, Saramago e tantos outros mais que ajudaram a difundir e tornar o português uma das línguas universais e falada nos cinco continentes (Português em Números, Sérgio Pandolfo)

A todos os que se fizeram presentes e aos que não puderam prestar pessoalmente sua homenagem ao amigo SERPAN, mas estavam em espírito e coração, obrigado pelas palavras de conforto, em nome da família ?Canthé Pandolfo?, dilacerada, porém, unida, pela dor da perda tão prematura do seu ente amado, que infelizmente não está mais fisicamente entre nós, mas estará para sempre em nossos corações. Foi-se o homem, mas sua obra cultural o faz imortal. Teve a passagem da forma como sempre disse que gostaria de ter, rápida e sem dor. Esse é o nosso consolo. Com toda a certeza, neste momento, meu pai já está declamando suas lindas poesias no céu, ao som de Cartola, gênio da música que tanto admirava. A obra de meu pai está disponível no site www. Recantodasletras.com.br, e tentarei mantê-la viva, postando escritos inéditos de SERPAN, decerto existentes, comercializando seus livros, que podem ser adquiridos em uma seção do site, cuja renda será revertida na edição de mais exemplares. É o mínimo que posso fazer em retribuição às coisas mais importantes que um pai pode deixar a um filho como legado: educação, conhecimento e minha formação .

Por favor, peço a todos que compartilhem este texto com seus amigos para tornar pública a história deste grande homem das letras, nascido aqui em Belém do Pará, num País que, além de jogadores de futebol e celebridades buscando seus quinze minutos de fama, produz pessoas desse quilate intelectual, não raramente desconhecidos pela massa inculta e iletrada, menos por falta de vontade em se instruir, mas, sobretudo, pela incúria, corrupção e falta de vontade política dos governantes em cumprir com seu dever de garantir, dentre outros direitos básicos previstos na Carta Magna de 1988, educação pública de qualidade. Quando isso acontecer, esta Nação será o ?gigante pela própria natureza?, o qual continuará ?deitado eternamente em berço esplendido? apenas na letra de nosso belíssimo hino, que muitos conhecem, sobretudo, em época de copas do mundo, mas poucos entendem o significado de seus versos, infelizmente, para infortúnio nosso e regozijo das nações desenvolvidas, temerosas de que um dia o Brasil mostre sua cara e lute para ocupar o lugar devido no cenário político-econômico internacional. Nicolau Canthé Pandolfo