Mãe - minha eterna rainha

Esse ano ela estaria completando 69 anos. Os cabelinhos brancos e a risada gostosa, como se a vida fosse perfeita, é o que me vem à cabeça ao pensar nela.

Às vezes, como se esquecesse aquela triste fatalidade, sinto um desejo de contar-lhe meus sucessos, mas volto à realidade, ao perceber minha distração. Já não posso lhe dizer mais nada. E isso é doloroso.

Hoje eu penso como seria estar com ela, todos os dias, pedindo-lhe a bênção, como bem nos ensinou. E imagino o quanto minhas filhas teriam de amor, já que “avó é mãe duas vezes”.

Para muitos isso não fará sentido, talvez não tenha significado algum, mas hoje o “bença mãe” me faz muita falta. Era um gesto que nos guiava a Deus. Era como se ela fosse o caminho até Ele.

Eu poderia ter feito mais, ter dito mais, ter vivido mais a maravilha que é ter uma mãe. Mas o andar das coisas a levou de mim, e as declarações que eu tinha ficaram todas comigo, soterrando-me pela filha que eu poderia ter sido, e não fui.

Aos que têm a sua mãe, a elas lhe deem todo o amor que existir no mundo. A elas dediquem atenção e carinho. Tratem-na com respeito mútuo e admiração. E, o principal, sejam muito gratos a ela, infinitamente gratos.

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 10/05/2013
Reeditado em 10/05/2013
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