Amigo.

Você se foi sem nada dizer...
Preferiu não revelar o que acontecia,
Como um nobre cavalheiro calaste,
Diante da esperada sentença final.
Simplesmente fluíste como fina brisa para outro plano.
Deixando o doce perfume da saudade
E o sabor suave de sua delicadeza pessoal,
Registrada nas palavras, nos gestos, nas poesias, nos sonhos, no seu desejo de viver.
Despedir-se pra quê?
A vida é tão breve...
Certamente, na eternidade, haverá tempo pra gente se conhecer.

J amais esquecerei a sua voz aveludada
O uvi-a e a guardei no porta joia secreto do coração
R ompeu-se hoje o elo físico que nos unia: a consagrada solidão.
G algar-se-ão as  boas obras para além dos horizontes
E nvolto , agora estás, de anjos nos jardins do Paraíso.

N uvens de Serafins vêm ao seu encontro.
E ncobre-o com mantos de graças multicores.
L evaste consigo terna lembrança dos amigos,
S orrindo estás a acenar jubilosa pureza d'alma.
O rando segue em paz por caminhos de flores,
N este jardim de ternura que é  abraço amoroso do Pai.


 Adeus, Jorge Nelson, o Pai te acolhe com amor, na sua gloriosa morada!