Luiz Paulo Horta foi jornalista e escritor de fácil compreensão. Escreveu sobre música e teologia e o fez com maestria. Seus artigos no jornal O Gobo eram leituras enriquecedoras.  Ocupava a cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras desde 2008. O primeiro ocupante foi Machado de Assis. Presidiu o Centro Dom Vital, entidade que há décadas reúne a intelectualidade leiga católica brasileira. “Exemplo de cristão leigo inserido na cultura e comunicação do seu tempo”, conforme testemunhou o Arcebispo do Rio de Janeiro na celebração das exéquias neste domingo 4 de agosto de 2013.
Em seu livro “A Bíblia: um diário de leitura”, Ed. Zahar, mais do que interpretar textos dialogava com o leitor desafiando-o a pensar e sentir para além da realidade  os personagens bíblicos. Afirmava Luiz Paulo Horta que uma das características mais fascinantes da Bíblia é o fato de ter sido escrita por homens e não por anjos o que torna ainda mais sublime e plena de humanidade a inspiração divina.
Crítico de música clássica deixa-nos uma obra vasta, em destaque o “Guia do ouvinte de música clássica” e “Crônica dos anos 90”.
Inegavelmente foi, depois de Alceu Amoroso Lima, um dos maiores especialistas em religião da imprensa brasileira, tecendo reflexões sobre as fraquezas e potencialidades dilemas e sentimentos típicos do homem contemporâneo.
Exemplo de cristianismo e honestidade, aos 69 anos “volta ao seu primeiro amor” Ap 2,5