O ABC DE ERASMO - O NINO DE CAXIAS

O ABC DE ERASMO - O NINO DE CAXIAS

Peço licença a vocês

Pra história que vou contar

De um nino do Maranhão

Menino espetacular

Nascido lá em Caxias

Cidade melhor não há.

Era mudo de nascença

E aos cinco anos de idade

Não tinha como falar

Todos tinham piedade

Deste bom menino mudo

Todo feito de bondade.

Quando foi para nascer

Deu trabalho pra danar

Uma freira em sua mãe

Na barriga foi rezar

Para ver se ele vinha

Pra sua mãe alegrar.

A freira fez orações

E disse pra mãe calar

Nunca diga para ele

Pro encanto não quebrar

Só na sua maioridade

Poderás então contar.

O menino foi brincando

Soltando pipa no ar

Gostava de tudo um pouco

Mas muito mais de estudar

Mas coitada da criança

Não conseguia falar.

E o tempo foi passando

Até que um dia falou

Dizendo mamãe eu quero

Eu quero ser um doutor

Peça a Deus que me proteja

Faça prece ao Criador.

A mãe dele disse então

Um grande homem serás

Quando tu ias nascer

Me disseram tu dirás

Pra ele quando crescer

Antes tu não poderás.

Estou te dizendo agora

Já completaste dezoito

Tu vencerás nesta vida

Pois és um homem afoito

Vencerás todas procelas

Desde o um até o oito.

"Nossa terra tem palmeiras

Onde canta o sabiá"

Disse assim grande poeta

Melhor que ele não há

Corra o mundo ponta a ponta

Terás nele teu lugar.

Foi ele então percorrendo

Todo o mundo sem parar

Aprendeu por onde andou

Muitas línguas pra falar

Inglês, francês, castelhano

Para a todos encantar.

Exerceu muitas funções

A todos fazendo o bem

Comendas de prata e ouro

Recebeu como ninguém

Por sua sabedoria

Que poucos no mundo tem.

É este o grande amigo

Que eu quero homenagear

Pessoa de fino trato

Que ninguém pode negar

Advogado dos bons

Melhor que ele não há

Faz poemas primorosos

Neste tão belo Recanto

Homenageia os amigos

Com seu belo e lindo canto

E quando leio os seus versos

Acho todos um encanto.

Por isso estou fazendo

O ABC de sua vida

Mas minhas letras são poucas

Para a homenagem devida

Peço desculpas então

Por estas letras sofridas.

Mas meu bom amigo Erasmo

Receba um abraço apertado

Deste caboclo do norte

Que se viu aperreado

Pra te fazer estas estrofes

De um cordel encantado.

Fico aqui em Itapipoca

Ao teu inteiro dispor

Seja de noite ou de dia

E seja pra onde for

Estarei lendo os teus versos

Que falam de muito amor.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 06/11/2013
Reeditado em 06/11/2013
Código do texto: T4559176
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