Coroaci

De alma mansa e tranquila

Dona Coroaci assim vivia

Mãe de muitos filhos

Esposa dedicada de "Seu" Francisco

Domingo a igreja visitava

Sensata, ponderada se ouvia os passos

Calma, tranquila, dizia:

- " Que gracinha de menina.!"

Era assim que falava

Quando via minha filha.

Pouco nos falamos

Pouco se dizia

Mas a alma dela se comprazia

De mansuetude e magia!

Quando mudamos para o Bairro Santa Cruz

Não sabíamos o que nos aguardava

De imediato os conhecemos

E uma grande amizade se estabeleceu

Sempre os ocupava

Pedindo emprestado ferramentas, instrumentos..

Coisas que somente o tempo pagará e apagará!!

Porque tudo na vida tem um fundamento!

Amizades, não deveríamos esquecer!!

Porque o tempo faz estabelecer

Laços de amizades que fizemos por merecer

Ícones de presteza em tempos idos do alvorecer

Hoje lá não moramos mais

Lembro destes momentos com alegria e certa tristeza

Carrego no âmago esta lembrança

De pessoas caras, simples que nos deram esperança

Quando fomos fazer a mudança

O que mais de raro ficou para traz foi esta aliança

Desta amizade rara que nem o dinheiro da poupança

São valores que levamos como herança!

Saudades, Dona Coroaci!

Sei que um dia também vamos partir

E se Oxalá permitir...

Juntos todos vamos sorrir, dividir

As lembranças que deixamos aqui

Homenagem a Dona Coroaci, esposa de Sr. Francisco. Vizinhos bons, amados, que um dia fizeram parte de nossas vidas. Saudades......

Helbert Vinícius de Faria
Enviado por Helbert Vinícius de Faria em 13/03/2014
Reeditado em 08/07/2014
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