A estrela de rara beleza

Faz tanto tempo

Que não consigo precisar

A primeira vez que sobre as águas calmas do mar

Vi a luz de uma estrela de rara beleza brilhar

Era noite branda

Na areia branca

As árvores dançavam

E as frondosas copas balançavam

Com o sopro do vento a sussurrar

Era estranho de se notar

A luz singular

Que no firmamento se fez brotar

Anunciando a beleza

De uma bela estrela

De primeira grandeza

Que aos olhos de todos se fez apreciar

Amiga da lua

A linda estrela a seu lado se impunha

Na grandeza de seu sorriso

Beijava o mar

E as ondas como a corresponderem

Lançavam ao alto o reflexo do luar

Presente da natureza

A estrela de rara beleza

Conquistava a todos que a faziam notar

Na majestade de sua doçura

Quebrando a rocha mais dura

Do coração de quem se atrevia a olhar

Era tão natural de se notar

A espontaneidade de sua imponência

Que mesmo nos dias de mais turbulências

Estava calma

Nos ensinando a amar

Um dia chamou a atenção

De muitas pessoas a observar

Que quanto mais se a olhava

Mais, na sua simplicidade

Se fazia notar

Tão logo foi decidido

Um nome a ela considerar

Mas tão difícil se tornou a discussão

Entre os admiradores do luar

Que nenhum consenso se fez chegar

Quando na busca por uma nome a estrela

Enumerando seus adjetivos de beleza

Eis um sinal no céu se fez surgir

E um anjo a sorrir

De seus lábios a proferir

Disse de uma só vez:

- Tanto querem dar um nome

A esta bela criação de Deus

Mas se esquecem de que todos

São igualmente filhos seus

Sejam também luzes

Como a querida Julia

Que da humildade de seu brilho

Ilumina a todos sem ofuscar

E continuou ainda:

- Julia é menina nos céus

Que para vós já é mulher

Seu sorriso brilha na vida estrelar

Dos outros astros que com seus exemplos faz notar

Agradeçam aos céus e ao criador

Que pelos seus caminhos

Um dia sua luz viram brilhar!