HOJE É O DIA DAS MÃES.

Hoje é o dia das mães. Data sublime, comemorada em todos os cantos do mundo como o símbolo máximo de reverência à mulher. Sorte de quem tem uma mãe em sua vida. Com ela a vida se torna mais doce; mais harmoniosa; mais protegida; mais encaminhada.

Ser mãe é saber conservar os instintos protetores da mãe maior, que apesar de todas as dificuldades e obstáculos, protegeu sua cria e o deu ao mundo para que se confirmasse o que estava escrito nas profecias.

Essa data, todos os anos, me faz lembrar aqueles que estão nos orfanatos e casas de apoio, esperando a vinda de uma mãe, na esperança verdadeira de poder encontrar uma um dia. Para eles, o sonho de encontrar uma mãe, vai se esvaindo com o passar dos anos e a idade adulta que vai chegando. Aí, só resta o sonho de um dia poder constituir uma família e transferir o melhor de si para dar aos seus, o melhor dia das mães.

Mas, também, há os casos de quem não tem só uma mãe, mas duas. Esses, na maioria das vezes, são protegidos e amados em dose dupla. Porém, em alguns casos, aquele que tem duas mães, acaba não tendo nenhuma. O amor, ao invés de ser dividido, é disputado, e quem acaba sofrendo as conseqüências dessa disputa é quem precisa de uma mãe para sentir-se igual aos outros filhos. Outras vezes, o amor é rejeitado pelos dois lados ou por quem descobre que ter duas mães não é sinônimo de ser ou amar duas vezes, mas, de não saber a quem chamar de mãe, sem lembrar-se de que a mãe que ele vive não é sua mãe de verdade.

Muitas vezes, nós, filhos, não damos o devido valor a jóia que temos em casa, seja ela a esposa, mãe de nossos filhos, ou aquela que nos deu a vida ou nos criou. A elas somente dispensamos nossa atenção quando estamos precisando de algo, de alguma coisa. Na maioria das vezes, ignoramos que ela cuida, silenciosamente, das mínimas coisas do nosso dia-a-dia, do nosso cotidiano. Nesse caso, o presente dado no seu dia, é uma obrigação, não um reconhecimento.

Mãe é o maior de todos os heróis. O ato de conceber a vida, em seu útero, gerando um ser vivo, é uma dádiva só equiparada ao ato doloroso, sacrificado, de dar a luz. E não é só isso. Mãe se sacrifica, até com a existência, para dar mais vida ao seu rebento. Não é incomum vermos casos heróicos de mães que dão suas vidas para que seus filhos a tenham em abundância.

Filho é tudo na vida de uma mãe. O dia é curto para cuidar dele e a noite não termina, para ela, quando ele vai dormir. Zelar pelo seu sono é outra tarefa de uma mãe para com o seu filho. Ir olhá-lo ao menor movimento que o mesmo faça; cobri-lo várias vezes durante a noite; ficar observando o seu respirar, para, se possível, detectar qualquer anormalidade, também faz parte do treinamento de ser mãe.

E quando o dia nasce, lá está ela, pronta, de novo, a começar seus ensinamentos maternos, muitas vezes doando o seu alimento, para ver a cria crescer forte, invejado e saudável. Sim, mãe gosta de sentir orgulho, de ouvir as homenagens, como se fosse, ela mesma, a receber os parabéns. E é. Ela, instintivamente, transfere seus sonhos não realizados, colocando-os nos sonhos de sua continuação, sem pestanejar, achando que é o melhor para o filho.

Por isso, mãe é mãe, em tempo integral. O seu filho é o melhor dos filhos; o mais inteligente; o mais capaz; o mais bonzinho e o que não se envolve em bagunças, pois ela ensinou como se comportar e deu educação que nenhuma escola jamais poderá dar.

Ela, a mãe, faz tudo melhor que todos. Ela tem até o dom de curar. E suas orações são fortes, de fé, protetoras.

Para nós filhos, mãe é uma santa. A vemos com pureza e não admitimos que sua imagem seja maculada por quem quer que seja. Ela não faz o que as outras mães fazem, muito menos interfere em nossa vida, nem nos isola até de quem se aproxima de nós, para, também, nos dedicar amor. Nesse caso, a mãe é um guarda-costas implacável, defendendo a sua proteção a ferro e fogo. E nós, inconscientemente, gostamos disso.

Nunca percebemos que mãe é de carne e osso. O mínimo que achamos, é que ela é super e esquecemos que ela se cansa; que precisa de carinho; que uma palavra à deixa feliz; que também erra; que precisa de conselhos; que não sabe de tudo; que é igual às outras mães e que, com o passar dos anos, somos nós que iremos protegê-la, ensiná-la e cuidar de seu caminho.

Algumas mães não se contentam em terem somente os filhos naturais e passam a se dedicarem a ser mãe de quem ela encontra nas ruas, sem mãe. Essas mães são mães mesmas e não disputam sentimentos, doam todos os seus, sem pedir nada em troca, apenas para ver a felicidade estampada no rosto daqueles que ela escolheu para ser mãe.

E tem, também, as mães universais, lembradas por todos, em qualquer lugar, em qualquer canto. Essas mães nunca conceberam, mas o instinto materno as fez mães sem precisarem ter a dor do parto e o ato de parir. Elas, mesmo adotando, são reconhecidas e amadas, não só por seus filhos, mas por todos os filhos das outras mães também.

Por fim, a maior de todas as mães, que ao lado da manjedoura, na noite que seu filho veio ao mundo, abençoou todas as mães e fez delas o símbolo maior de uma raça.

Parabéns, mãe, pelo seu dia.









Obs. A minha mãe do coração - aquela que me criou e me deu a educação básica



 


 
Raimundo Antonio de Souza Lopes
Enviado por Raimundo Antonio de Souza Lopes em 13/05/2007
Reeditado em 08/05/2016
Código do texto: T485239
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