A escolha da pessoa a qual comandará o Brasil seguia “sem sal”. Era uma disputa que, conforme eu estava percebendo, não entusiasmava.
Os mesmos rostos, a velha forma de conduzir o “jogo”, discursos mornos ou até bem gelados, pouco interesse, uma nada empolgante expectativa quanto ao resultado das eleições...
 
Exatamente nesse contexto, quis o destino abalar a situação através de uma tragédia que abraçou o país ontem.
Eduardo Campos, um dos protagonistas do atual jogo, candidato que avançava, diziam as pesquisas eleitorais, na terceira posição, sempre citado também porque trazia a vice Marina Silva, desapareceu da forma mais implacável possível.
 
O jogo eleitoral provavelmente muda, porém, nesse instante dolorido, é preciso refletir muito mais alto.
Seria importante que o Brasil mudasse.
Ah! Como seria bom transformar as promessas em ações reais!
 
Dar ao povo uma esperança concreta, ofertar as condições favoráveis, respeitar os direitos básicos, eliminar a ignorância, afastar a revolta e estimular o justo sorriso, eis o que os políticos devem tentar.
Collor, Lula, FHC, ACM ou qualquer outro nome que prevalece e ganha carisma, queremos ver cessar o oportunismo, a pilantragem, a sede de poder, o discurso vazio.
 
Que Campos seja, a partir de hoje, um nome mágico e místico, exemplo do ótimo ideal, incentivando a renovação, propondo a coragem de fazer e, principalmente, simbolizando a dignidade a qual tanto sonhamos ver contagiando os nossos passos!
 
Escutando as informações no rádio, reclamaram da gozação e falta de sensibilidade dos internautas nas redes sociais.
É impossível comentar a questão sem destacar alguns tristes sintomas.
Várias pessoas, conhecendo o vasto mundo virtual, revelam apenas a ansiedade por divulgar imagens no Facebook; recentemente as aulas públicas foram interrompidas porque ocorria a Copa do Mundo; cada vez mais os nossos estudantes começam a beber cedo; não são poucos os homens que avaliam o bom desempenho sexual medindo o tamanho dos pênis...,
Enfim, estamos atrasadérrimos, a população corre o risco de afundar na estupidez caso a Educação continue alimentando essa conversa fiada, repetitiva e irritante.
 
Esses que sorriem com a morte de Eduardo Campos não lêem, nunca fizeram um verso, não gostam dos poemas, eles nem sequer conseguem compreender as metáforas.
Merecem o meu completo desprezo, eu jamais verifiquei o que eles dizem, nunca perdi tempo conferindo as suas opiniões toscas e pobres.
 
* Faço uma pausa nos comentários e pensamentos para desejar que o alento alcance os entes queridos de Eduardo Campos.
Nesse momento pretendo chorar a morte das pessoas que tombaram na tragédia, lastimando demais a perda do jovem candidato.
Não vale a pena agora projetar o novo cenário eleitoral, avaliar o que mudou ou não.
 
Basta parar e ressaltar solidariedade provando o luto do voto.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 14/08/2014
Reeditado em 14/08/2014
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