MONJOLOS, AQUI É O MEU LUGAR
MONJOLOS, AQUI É O MEU LUGAR.
Serranias inóspitase emaranhadas, aqui e ali íngremes declínios e rochosas escarpas que decoram o lugar.O azul permanente ao musgo misturado dá o tom da selvagem beleza que circunda a rusticidade plena. Montes mais elevados que norteiam os serranistas inexpertos que por vezes se perdem no mergulho do fascínio.
Breves águas fugidias e claras correm apressadas pelos entalhes rochosos e labirintos, ao toar merencório dos ventos maneiros nas frondes viçosas. O troar das catadupas bravias despencando das alturas, ao silêncio dos labirintos frios das grutas inexploradas ; decoradas de estalagtites e estalagmites elegantes e seculares.Aos curiosos resta a busca e descoberta, são dezenas ainda intactas, como que do homem a esconder seus mistérios e os rupestres dos antepassados já extintos.
Puro fascínio, diria o explorador. Admirável, diria o Criador! Apaixonante, diz o poeta trêmulo de surpresa.
Gente simples e de fala macia se banhando no ribeiro lajeado, as lavadeiras esfregando roupas, surrando-as nas pedras escuras e escorregadias...cantarolando sentimentos de amores. Silvestres flores, o perfume ressumado de luar macio que encanta os seresteiros...mulheres belas, bronzeadas de paixão. O vaqueiro madrugador, o carreiro operante e de braços fortes, o sitiante sonhador, o tropeiro viandante... gente de rostos nas janelas e curiosidades expostas nos olhares.
Doirados peixes saltitantes, brincando nas cachoeiras barulhentas, ao revérbero das centelhas. O canoeiro a remansear sua canoa solitária, sem a pressa de voltar.
Bom dia compadre!
Bom dia comadre!
Aqui é meu lugar
De egê- sp
do livro poeira e flor vol II .