Nas manhãs de novembro

(aos aniversariantes, em especial ao poeta Ferreira Estâvão)

Nas manhãs de novembro,

Quando o sol desperta o dia

Dourado, luminoso a clarear os olhos

No galopar do tempo

Nessa esfera de vida.

Desperta também a vontade

Nos lombos desnudos da existência

Nos campos verdejantes da esperança

No cheiro de alecrim e de incenso

Levando leve ao vento

Perfume silvestre de felicidade.

(Re)inventando outras e outras

E outras formas de alegria

Compondo amores,

Desenhando sonhos,

Pintando ilusões

Nas manhãs de novembro...

Que dançam sobre as águas oceânicas

Que navegam nas ondas das almas impetuosas

E somem lindamente livres

Nos campos de girassóis

Nas claras e luminosas manhãs de novembro...

Suas asas estendem-se no espaço

E ganham o infinito

Espraiam-se sobre os abismos mágicos desse existir

E canta essas ilusões (ir)reais e insólitas

Nas manhãs de novembro que os concebem

Plenos de vida e de maestria.

A madre desses dias diz em repleta concretude:

"_ Dê teu choro de dor ou de alegria!

Registre tudo nos versos de tua existência!

Sê poeta, sê tu a própria poesia!"

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 03/11/2014
Reeditado em 10/11/2014
Código do texto: T5021243
Classificação de conteúdo: seguro