UMA VELHINHA DO BEM

Dos confins de Aruanda.

Um convite vem do Congo.

Os filhos se reúnem como borboletas brancas.

No recinto polvilhado,

Esperam por ela:

Calma, cambaleante, olhar penetrante, nos trazendo sabedoria.

Assim, cabisbaixa, pensativa, só para dar o conselho.

Um brocado algodoado,-ópera que encanta-,dá-se início o primeiro ato.

Como pombas brancas que pairam abençoando em um adejar bem dançante,

que a todos alegram.

Filhos, cambonos, assistência, prontos para expressar gratidão.

Ela, sempre solícita, -uma mãe que jamais perde a paciência.

Em cada gesto,

Em cada mímica,

Em cada genuflexão

Em cada abraço, laços de mãe e filhos. Pertencer!

Festa na tenda,

Festa na terra,

Festa no "Céu"...

Toda a dança e todo o amor para Oxalá!

S A L V E ! Zambi.

Teu povo reunido há sempre de festejar.

Que as contas de cada colar sejam incontáveis como as estrelas e a areia do mar.

Assim serão os dias de cada um de teus filhos.

Pedro Simao Rocha Matos
Enviado por Pedro Simao Rocha Matos em 03/11/2014
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