um filho não morre
Este texto é de meu sobrinho querido Fernando Cardim.
É para seu filho Nando, falecido inesperadamente
Me comoveu e quero compartilhar,
Fabinho querido!
Datas especiais como esta, da celebração de Jesus, nos deixam ansiosos
É aquela mágica que está no ar inundando o coração e a sensibilidade das pessoas.
Fomos escolhidos pelo Pai amado para nossa separação.
Eu sei que o objetivo não era o da separação e sim o da sua libertação,
Isso é um premio pelo homem de bem que você foi, mas dói.
O coração vai se fechando, ficando pequenininho, a gente meio que enfraquece.
É a saudade dos abraços, das brincadeiras, dos passeios, das viagens, dos almoços, das musicas que tocávamos, saudades de tocar você, receber seus beijos, seus olhares. Sabia que você tinha amor por mim.
Hoje, bem próximo dos meus 60 anos faço esta reflexão.
Sempre me preocupei em ter uma vida suficiente para ver você e seu irmão crescidos, com a vida definida, autossuficientes mas, de repente, o Seu chamado. Doeu!. O chão some dos pés, o coração acelera, vem a negação imediata: não é possível! Foi possível, o Pai amado assim o quis, essa foi sua maior bênção.
Escrevo este relato chorando, fraqueza de minha matéria afinal, não nos preparamos para estes eventos não é filho?
O mundo, todos nós da terra, precisamos ser mais racionais, precisamos, 2014 anos depois da passagem de nosso irmão Jesus por aqui aprender, entender o universo, os ensinamentos deixados por Deus nosso Pai.
O velho testamento foi redigido compatível ao entendimento do povo da época, assim como o novo testamento, que já tem mais de 2000 anos.
Num exercicio de reflexão e com um outro tanto de estudos, deveríamos ter aprendido mais, nos esforçado mais, para entender o que Ele quis dizer a cada um de nós.
Se pudéssemos ouvir uma única frase do céu num mesmo momento, todo o mundo, de nosso Pai, penso que ele diria: “Voces não entenderam nada!”
Cada um de nós, no conforto de nossa casa, com nossa família, determinamos um dia da semana (ou mais) para uma reunião em nome do Senhor, algumas palavras, uma oratória de efeito, uma prece e... acabou nosso culto, nossa reunião.Isso quando o fazem, o que é raro na “sociedade moderna”.
Todos, digo “todos” estão sujeitos a perda de entes queridos. Essa é uma certeza todos sabemos, mas não queremos nem pensar nisso. Eu também era assim, eu também sou assim.
Pois é Fabinho querido, tenho certeza que essa missiva chegará até você, assim como chegam minhas orações.
Voce faz muita falta aos meus braços, aos meu olhos, ao convívio físico mas não ao meu coração. Ali você sempre esteve e estará.
O Alan tá sendo um irmão e um filho que deve te dar orgulho né? Amoroso, paciente, confiante, tudo de bom... mas saudoso demais também, assim como sua mãe querido.
Saiba que todos nós vestimos a bandeira do amor incondicional ao nosso Jesus e ao nosso Pai e temos certeza da escolha certa. A cada pessoa que pudermos ajudar, seja materialmente, sejam com palavras de conforto, ali estaremos sempre, disseminando o “amai-vos uns aos outros” assim como aprendemos e cremos. O pouco “material” que temos nunca será motivo para não trabalharmos em função do próximo.
E, que assim, possamos te dar algum orgulho, filho amado.
E, Senhor, minha eterna gratidão por ter nascido e recebido tanta graça Sua.
Não sou careta não, sou carente de servir meu próximo.
Continuo “em construção”. Cheio de saudade, cheio de amor pela família.
Deus sabe! Ele me ama, te ama, ama a todos.
Louvado seja seu nome Senhor! A sua bênção!
Amém
‪#‎triste‬ mas feliz
Nando