Numa tarde superquente, após aproveitar bastante a praia, fazendo o caminho de volta, percebi um enorme burburinho na frente do principal hotel da região.
 
Seguranças aflitos tentavam conter uma multidão de mulheres agitadas que pretendiam invadir o local.
Havia também repórteres e curiosos cercando a área.
Gritando histéricas, elas enlouquecidas forçavam a passagem.
Notei, então, que policiais ajudavam os seguranças.
 
De repente parou um carro, desceu uma linda princesa. Alguns detalhes sugeriam que a cativante jovem era africana.
Jamais vi moça mais deslumbrante.
A doce deusa terminou sentada num sofá comprido ao lado de outras mulheres nobres, tão formosas quanto a flor da África.
A princesa parecia muito ansiosa por falar com alguém.
 
Avançaram cerca de trinta minutos, aumentaram as mulheres, os gritos e o empurra-empurra. Resolvi indagar quem causava tamanha histeria naquelas donzelas, porém finalmente o mistério chegou ao fim.
Ele surgiu triunfante.
Os pedidos de autógrafos, beijos e a vontade de tocar o ilustre cidadão não o deixavam menos sedutor, vaidoso nem ameaçava um pedacinho do charme o qual tanto espalhava. 
_ Mulheres, cheguei!
_ Zé Bonitinho, aquele que não é corda, mas amarra a mulherada.
_ Hello! Hello! Vou dar a vocês agora um tostão da minha voz.
 
Permaneci ali, extasiado e emocionado, vendo o magnífico Zé Bonitinho realizar os desejos das suas incontáveis fãs.
 
* Ah! Como o humor criativo faz bem, renova o entusiasmo, estimula os passos da jornada!
 
Um dia eles, os artistas do riso, aparecem, encantam demais, seduzem e preenchem totalmente nossos corações.
Quando o universo decide intensificar o brilho das estrelas e leva uma dessas queridas almas, algo especial ocorre.
Elas jamais nos abandonam.
Continua a alegria que derramaram, a sublime semente fica, alimenta ainda a estrada na qual pisaram, substitui a saudade, volta a nos trazer o sorriso espontâneo.
 
Desse jeito a felicidade ganha força, o sonho segue insistente, a certeza do amanhã festivo vem nos abraçar.
 
* Hoje lamentamos a morte de Jorge Loredo, desejando agradecer sua linda e preciosa contribuição através do imortal Zé Bonitinho, o perigote das mulheres. 
Repetindo o tamanho da gravata do apaixonante personagem, nossa admiração é enorme, pois nós reconhecemos que Jorge Loredo soube dar à vida leveza, suavidade e paz.
 
No céu, com sua chegada, disseram: Câmeras, close!
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 27/03/2015
Reeditado em 27/03/2015
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