A lama que envolve a badalada FIFA entristece quem ama o futebol.
 
Saber que o ato tão gostoso e envolvente de “jogar bola”, ação bem leve a qual costuma ganhar vida na bela infância, seduziu tantos pilantras, mesquinhos mercenários, tira muito o encanto, quase mata a emoção do esporte mais favorito, faz crescer uma melancolia profunda.
 
Sempre ouvimos falar sobre o assunto (a empresa patrocinadora quis a presença do jogador, o contrato supermilionário traz grande suspeita, o resultado da partida não soou natural etc.), porém, sonhando a melhor poesia, preferimos acreditar que havia seriedade nessa história.
O escândalo atual prova, entretanto, que a sujeira era enorme.
 
Ficaremos torcendo pela recuperação do futebol, esperando ver todos os bandidos punidos, aguardando novas páginas varrendo a imundície.
Após o desastre, citaram que o Galinho de Quintino poderá assumir a FIFA. Zico, o craque do passe perfeito, confirma essa possibilidade e vai buscar a vaga.
 
Os passos brandos e mágicos que embalam os poetas deixam pegadas transformadoras. Dessa vez não está sendo diferente.
Eles jamais conseguiram fazer uma rima. Imperfeitos versos, repletos de defeitos, apenas almejando a riqueza mesquinha e torpe, os canalhas assustaram as musas.
 
Agora o artista dos campos pretende a jogada sensacional.
Zico quer driblar a ambição, conduzir o objeto redondo sutil, observar a melhor opção, bastante sereno conferir o espaço aberto, as facilidades da marcação falha, olhando otimista como definir o lance com maestria.
O primoroso chute acontece e faz o valente goleiro saltar sem impedir o balanço das redes que inicia o grito emocionado.
_ Goooooooooooooool!
 
Zico a direção vai tentar, ele avisa
Pode a população cantar, incentiva
Objetiva o coração feliz estar, cativa
Ilmar
Enviado por Ilmar em 12/06/2015
Reeditado em 12/06/2015
Código do texto: T5274398
Classificação de conteúdo: seguro