Eu tenho irmãos bem legais.
Nesse grupo especial preciso destacar o mais velho.
 
Elsimar é carismático, comunicativo, muito inteligente e perspicaz.
Ele sempre soube cativar melhor que os outros. Quando chega derrama brilho, seduz, conquista os corações com plena e espontânea facilidade.
 
Emotivo, carinhoso, dono das palavras gentis, Elsimar jamais escutou a minha declaração de amizade, a confissão da enorme estima, o bonito grito do amor.
Chegou o dia!
 
Eu amo Elsimar, sempre amei, admirei e segui conforme suas pegadas apesar de não ter um contato regular.
Ele está lá, atencioso, conduzindo sua família, estudando, provando a rotina com elegância, sabedoria e bom humor.
Saber que ele está lá me faz avançar.
Eu o amo demais.
 
Certa vez eu tive um sonho assustador sugerindo que Elsimar morreria. Acordei aflito, enviei um e-mail usando um falso assunto como pretexto, pois precisava verificar sua saúde.
Percebi que, caso Elsimar partisse, não seria possível caminhar, a vida perderia o sentido, as cores sumiriam, o ar ficaria insuficiente.
O planeta sem Elsimar talvez cessasse os movimentos.
Elsimar contagia tanto que se tornou necessário e indispensável.
 
Confirmei que ele estava firme, inventei uma desculpa qualquer, toquei a jornada alegre e confiante. Ele continuava lá.
Continua lá, permanece cá, é a flor, o vento, a beleza, parece a poesia, o carinho concreto, tão bom se está perto, contagia discreto, todos gostam, o Alberto, também o Roberto, até o inquieto bisneto, num local coberto ou deserto, doce afeto, aberto, certo.
 
Mar, Elsimar, amar, Ilmar!
Elsimar, amar, Ilmar!
Elsimar, Ilmar!
Elsimar!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 13/06/2015
Reeditado em 13/06/2015
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