A PSICÓLOGA QUE NÃO ACREDITAVA EM TERAPIA...
 
Com um misto de surpresa e também de alegria recebo um artigo de uma amiga psicóloga que acaba de publicar quatro livros digitais,(Editora Cultura),contando sua história e os acontecimentos que lhe levaram até o divã de uma colega,Eliana também psicóloga,onde lhe foi aberta a porta do chamado,vamos dizer um  “mundo desconhecido” ou do paraíso na Terra. Confesso que já fiz terapia há tempos e nunca me arrependi.
Hoje é feliz e até com extremo vigor e coragem agora como boa escritora expõe a beleza de viver,depois da separação,mesmo tendo a responsabilidade e grandeza de criar três filhos.Trata-se pois de Mônika Mastrantonio, cuja amizade já tem mais de um decênio. Recomento a todos,e,em especial as mulheres,as eternas vítimas históricas das chamadas civilizações,cristãs,judaicas e muçulmanas,para dizer o mínimo. São as mulhes que nos deixam existir,nascer e viver. Os homens esquecem disso.Todos somos produtos de uma mulher... Ou não? Mas o machismo e o patriarcalismo ainda é planetário,eis que por exemplo só 15% das mulheres norte-americanas comandam conglomerados empresariais.Nada mais que isso,no País da Liberdade.Na África são mutiladas na gentália,por bárbaros...No mundo o tráfico,em busca de ganhos via prostituição.Fato inominável.Perversão e estupros...abandono e sujeição. Humilhação!! 
Após a leitura de um só trecho do seu livro-e,comovente,sincero, vem à minha mente o sábio grego Sêneca,filósofo estóico,que viveu antes de Cristo.
Assim, em respeito à obra da psicóloga-amiga que não acreditava em Psicologia, tomo a liberdade de citar o notável Sêneca,quando fala da “Brevidade da Vida”. Não se vai falar em Freud,nem em Lacan,dos nossos tempos: O que então dizia Sêneca?
“A maioria dos homens,ó Paulino, queixa-se da maldade da natureza por ter-nos gerado para um lapso tão breve.O tempo a nós concedido corre muito rápido.Com exceção de uns poucos indivíduos ,aos demais ele colhe a existência  bem quando  estão preparados para dela usufruírem.Não só o povo em geral,com suas turbas de ignorantes,lastima o que julga ser um mal comum,mas também do mesmo incômodo reclamam até indivíduos famosos.Daí advém aquela lamúria do maior dos médicos: a vida é breve;longa é a arte.Daí ainda aquele queixume proferido por um homem sábio como Aristóteles contra a Natureza: Só aos animais ela concedeu vida com tanta largueza que se prolonga por cinco ou dez séculos,ao passo que para os seres humanos ,nascidos  que foram de coisas grandiosas,coartou-a com um prazo limitado.
E continua: “Não é que temos tempo exíguo.O problema  é que perdemos muito dele.Bastante longa é a vida e suficiente para levar a termo os empreendimentos,desde que bem utilizada. Quando desperdiçada em luxo ou em futilidades ou quando não é empatada em algo bom,então,sob o impacto derradeira e inevitável hora, vamos entender ter-se esvaído a vida sem que tivéssemos percebido”.
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“Ela (a vida) é suficientemente extensa para quem dela sabe dispor de modo adequado”,afirma Sêneca.
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“Pensas tu que eu falo somente daqueles cujas defecções são de público,notórias?Então projeta mais teu entendimento sobre aqueles cuja prosperidade desperta muita admiração.Eles estão asfixiados pelos seus bens.Sim,para muitos as riquezas são onerosas.para outros tantos a eloqüência,com seu empenho talentoso de todos os dias, acarreta até vômito de sangue.”

É na obra de Mônika Mastrantonio que o leitor descobrirá a verdadeira liberdade de uma mulher após anos de sofrimento,submissão e falta de ação para uma vida melhor e liberta das amarras dos conceitos,preconceitos,regras e costumes herdados do machismo e do patriarcado, da vivência do medo e do dia do amanhã.Salvem as mulheres.Leiam  Mônika Mastrantonio também as mulheres que também são machistas,por imposição social e conspiram contra suas próprias liberdades...
“Libertas quae sera tamem”.
SEMPRE E ETERNAMENTE.