Juana Azurduy- Flor del Alto Peru.

Juana Azurduy foi uma dessas grandes heroínas da América Espanhola, e que lutou por um ideal, o da independência do Alto Peru ( atual Bolívia). Nasceu em 12 de Julho de 1780.

No Brasil quase não é conhecida, mas só por aqui, acreditem, ao lado de nomes como San Martín, Simon Bolívar e Antonio José Sucre, é um nome de destaque para o nosso continente.

Juana era uma mestiça, educada em um convento, falava espanhol, quíchua e aymara, línguas que ainda hoje se falam bem na Bolívia e no Peru, e quando o seu marido pegou em armas para a defesa do seu povo, pois a colônia sofria abusos da coroa espanhola sobre as minas de prata, com altos impostos e dominando a riqueza, ela foi junto.

Ela também teve que pegar em armas, o que era comum naquela época ( 1809) para uma mulher, mas se destacava pela bravura e força de comando, a ponto do seu marido lhe incumbir tarefas de comando quando se retirava a outros sítios. Aos poucos Juana foi se tornando conhecida, e Simon Bolivar a tornou tenente coronel das tropas, conquistando territórios e batalhas, até que em 1829 a Bolívia se tornou um país independente.

Esta não é uma biografia, é apenas uma homenagem a uma personagem histórica que ajudou a fazer o continente latino americano, alguém que perdeu suas terras, seus filhos, ainda crianças pela fome imposta pela guerra, depois seu marido em batalha, e quando tudo acabou, e disse ; " Conseguimos, somos uma nação nova e livre", solicitou à essa nova nação , que lhes devolvesse as terras para poder continuar de onde havia parado, recebeu um "não".

Juana morreu em maio de 1862 , aos 81 anos, em Jujuy ,na Argentina, na miséria, enterrada em vala comum, como indigente, e só muitos anos depois seus feitos pela liberdade foram reconhecidos, recebendo em homenagem póstuma as honras merecidas, mesmo que tardia. A chamam de "Flor del Alto Peru", que honra !

Hoje tem estátua, o nome de uma província, e seu nome é cantado na canção " Juana Azurduy", por ninguém menos que Mercedes Sosa, e foi assim que a conheci, com o seu nome cantado aos meus ouvidos.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 21/09/2016
Reeditado em 21/09/2016
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