Amor de pai
Eras na vida, a cada dia,
Minha paz serena, minha alegria...
Me inspirava sem palavras,
Porque suas ações eram poesia.
Quando ouvia a sua doce voz,
Mesmo nas madrugadas frias,
Sempre me dizia, com carinho de pai:
“Minino, levanta, uai!”
E a sua idade já avançada,
Do trabalho, suas mãos calejadas.
Que tocavam minhas costas,
Querendo me deixar fugir,
Para eu me distrair,
Como sempre, não trabalhava,
Eu apenas o acompanhava.
Mas na sua trajetória,
Aprouve a Deus, levá-lo,
Mudando a minha história,
A adaga do destino,
No meu coração de menino,
Teve um aguilhão cravado.
E veio a morte... Destino cruel,
E acompanhada de anjos,
O levaram para o céu.