Amor de pai

Eras na vida, a cada dia,

Minha paz serena, minha alegria...

Me inspirava sem palavras,

Porque suas ações eram poesia.

Quando ouvia a sua doce voz,

Mesmo nas madrugadas frias,

Sempre me dizia, com carinho de pai:

“Minino, levanta, uai!”

E a sua idade já avançada,

Do trabalho, suas mãos calejadas.

Que tocavam minhas costas,

Querendo me deixar fugir,

Para eu me distrair,

Como sempre, não trabalhava,

Eu apenas o acompanhava.

Mas na sua trajetória,

Aprouve a Deus, levá-lo,

Mudando a minha história,

A adaga do destino,

No meu coração de menino,

Teve um aguilhão cravado.

E veio a morte... Destino cruel,

E acompanhada de anjos,

O levaram para o céu.

Jorge antonio Amaral
Enviado por Jorge antonio Amaral em 23/10/2016
Código do texto: T5801196
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