Mulher

Mulher

Que largura e profundidade habita sua alma! Oh, mulher? Se vem de ti a prole que coloniza o mundo ! De suas entranhas nasce a humanidade .

Uma vez desenhado o mundo, foste colocada como hospedeira.

Porto, reduto para o afeto do filho, satisfação do instinto masculino.

Mãos que prepara o pão, vai para labuta, e ainda sobra espaço para o sorriso com o colorido nos lábios.

No miúdo do seu interior ainda está, milhões entregues ao relento por si mesmas, esquecidas no tato, no trato, em tempos que se vale do plagiar o masculino para sobreviver.

Não tema ao calor dos dias! cuide de onde mora! regue o jardim de sua alma com água da própria fonte.

Caso, na altura do caminhar for evadindo parcerias, ao menos manterá limpa e florida a própria casa.

Assim, estando só ou acompanhada, usufruirá das benesses do viver com qualidade; dominando a manutenção, criação e destruição do seu mundo interior, refazendo, tecendo sua arte através dos seus encantos, o belo e a sutileza que vem somente de você, dando tom e cor à engrenagem do mundo.

Se fazendo de fechadura, às vezes de maçaneta, vez outra, corrimão de sacada e tapume de buraco. Sobretudo consciente. ..desperta...afinando-se, lapidando seu interior para o bem individual e coletivo.

Nestas palavras me caibo e as tomo como minhas e suas.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 07/03/2017
Código do texto: T5933556
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