A casa de nós dois

Nem tão grande que nos percamos, nem pequenina demais que nos estranhemos. Que a porta esteja sempre aberta para aqueles que venham soprados pela amizade e pelo amor.

Que nas janelas, as floreiras nos mostrem a cada manhã o perfume das estações. Que a brisa balance as cortinas de renda branca, trazendo a alegria e o frescor da feliz vida em comum. Que o teto nos proteja e que a terra nos presenteie com a abundância.

Ainda que a cama seja macia, que a sombra da solidão a dois se afaste de nós. Que uma xícara de café não precise esperar pela outra para esvaziar, que tenhamos acesso ao conforto da civilização sem no entanto nos privarmos do brilho de todas as estrelas.

E que todos os momentos sejam dádivas e reconheçamos enfim que sofremos pouco para chegarmos ao aconchego certo.

Com amor

Luiza Moreira
Enviado por Luiza Moreira em 24/08/2007
Reeditado em 24/08/2007
Código do texto: T622523