PANEGERÍCO A SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Hoje 4 de outubro de 2018
“tudo vale a pena se a alma não é pequena” (F. Pessoa)
Tinha ele o carisma de atrair multidões. Todos queriam ouvi-lo. Suas palavras espalhavam um perfume, que inebriava e amaciava o âmago daqueles que o ouviam. As palavras que saíam de sua boca os deixavam perplexos, pois faziam-nos voltar para dentro de si mesmos. Naquele olhar singelo, amigo, humilde residia toda a sabedoria do amor, do perdão, da solidariedade, da justiça, da misericórdia.
Descendente de família abastada, tinha toda a regalia que não encontramos nos jovens, filhos da pobreza extrema.
Um dia, desfez-se de toda aquela riqueza, repartiu tudo que herdara com aqueles que mais necessitavam; com aqueles rejeitados pela sociedade; repartiu tudo com os que passavam fome e sede, dando-lhes de comer e de beber.
Amava a natureza e nem sabia que seria ele o precursor da luta em defesa da fauna e da flora. Há oito séculos não imaginava ele que teria pelo planeta multidão de seguidores. Gente também desprovida de vaidade; gente amante da flora e da fauna.
Percorreu aldeias, dando provas de amor aos pássaros, às árvores, às florestas, ao mar. Sou seu fã, ele é meu ídolo, não importa que nomes lhe tenham dado: das Chagas, de Canindé, de Assis. Seu valor não está no corpo, tabernáculo da alma, mas na alma, pois sua alma não foi e nem é pequena.
Mês de outubro é dele, é mês de São Francisco, por isso, o veneremos. Por isso, rezemos ou cantemos esta oração:
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
04/10/2018